OMS afirma que 43 hospitais ucranianos foram atacados por forças russas
Ação impacta principalmente os atendimentos primários, cirurgias e serviços de apoio psicossocial
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, na tarde de 5ª feira (17.mar), que 43 hospitais ucranianos foram bombardeados por forças russas, deixando ao menos 12 mortos e 34 feridos. A ação, segundo a entidade, viola o direito internacional humanitário, uma vez que a destruição priva a população de cuidados urgentes e sobrecarrega os sistemas de saúde.
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"A interrupção de serviços e suprimentos na Ucrânia representa um risco extremo para pessoas com doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, HIV e tuberculose, que estão entre as principais causas de mortalidade no país. Além disso, abrigos precários e condições de vida superlotadas provavelmente aumentarão o risco de doenças como sarampo, pneumonia e poliomielite", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
Ele também informou que a destruição das unidades de saúde prejudicam ainda serviços de saúde mental e apoio psicossocial, bem como os atendimentos de pacientes com covid-19, que já enfrentam escassez na disponibilidade de tanques de oxigênio.
"Até agora, enviamos cerca de 100 toneladas de suprimentos médicos, incluindo oxigênio, insulina, suprimentos cirúrgicos, anestésicos e kits de transfusão de sangue - o suficiente para 4,5 mil pacientes de trauma e 450 mil de cuidados primários, por um mês", ressaltou Tedros. Segundo ele, a OMS também está coordenando a implantação de 20 equipes médicas para prestar atendimento na Ucrânia e em países vizinhos que estão acolhendo refugiados.
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Apesar da Ucrânia ser o foco da atenção global no momento, Tedros pediu para que a comunidade internacional "não dê as costas" para as outras nações que também estão sofrendo com crises humanitárias. Ele citou como exemplo a população do Afeganistão, onde mais de metade dos cidadãos encontram-se em estado de desnutrição, a Etiópia e a Síria, ambos com necessidade de assistência social.
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