Conselho de Segurança da ONU fará reunião sobre armas químicas na Ucrânia
Sessão acontece nesta 6ª feira a pedido da Rússia, que acusa os EUA de manterem laboratórios em território ucraniano
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) irá realizar, nesta sexta-feira (11.mar), a pedido da Rússia, uma reunião para discutir a suposta fabricação de armas químicas na Ucrânia. O Kremlin acusa os Estados Unidos de manterem, em território ucraniano, laboratórios para a produção desse tipo de armamento.
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Segundo a agência estatal russa RIA, o governo de Vladimir Putin teria apresentado ao conselho uma série de relatórios que comprovariam mais de US$ 200 milhões de investimento norte-americano em atividades biológicas-militares, com o consentimento do Estado ucraniano. A informação foi negada por Washington e Kiev.
À agência Reuters, diplomatas teriam afirmado que não foram apresentadas evidências concretas da existência de armas químicas na Ucrânia e que as alegações russas são "risíveis", isto é, ridículos. Os representantes teriam dito ainda que, na percepção de uma maioria, os argumentos de Putin seria um indício de que a Rússia já estaria se preparando para usar armamentos biológicos na Ucrânia.
A mesma interpretação das supostas intenções de Moscou foi apresentada, nesta 5ª feira (10.mar), pelo governo de Joe Biden. Em coletiva de imprensa, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, negou que os EUA estejam produzindo armas em solo ucraniano e afirmou que as alegações de Putin contra os dois países teriam o objetivo de mascarar suas próprias intenções. "Isso é, obviamente, um complô russo para justificar seu ataque injustificado, premeditado e não provocado à Ucrânia", declarou Psaki, alertando para a possibilidade de um ataque biológico por parte do exército russo no país invadido.
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