Incêndio não causou danos em reatores da usina nuclear de Zaporizhzhia
Míssil russo atingiu a unidade na noite passada enquanto militares ucranianos tentavam proteger o local
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês), Rafael Mariano Grossi, informou, na manhã desta 6ª feira (4.mar), que o incêndio na usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, não danificou os reatores da unidade e não houve vazamento de substâncias radioativas. O local pegou fogo na noite passada após um míssil russo atingir a estrutura da usina, considerada a maior da Europa.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"Todos os equipamentos e sistemas de monitoramento que medem a radiação no local estão funcionando. No entanto, como vocês podem imaginar, o operador diz que a situação é extremamente tensa e desafiadora devido às circunstâncias. Apenas um dos seis reatores que temos na usina está operando e funciona com 60% da capacidade. Os demais já estavam trabalhando sob reserva de energia ou em manutenção", disse Grossi.
Segundo ele, o incêndio foi registrado em um prédio anexo da instalação onde ficam os reatores e, por isso, o incidente não provocou danos maiores. Duas pessoas da equipe de segurança ficaram feridas durante a explosão, mas os funcionários já foram autorizados a continuar realizando as atividades normalmente, uma vez que o nível de radioatividade no local está "normal".
+ Europa acabará se usina nuclear atacada por russos explodir, diz Ucrânia
Em relação à gestão da usina, Grossi afirmou que o controle da unidade permanece sob comando da Ucrânia, mas com envolvimento dos russos. Mais cedo, o presidente interino da empresa SE NNEGC Energoatom, Petro Kotin, disse que tropas da Rússia invadiram o território da usina e assumiram o controle, cortando a conexão do local. O diretor da IAEA afirma, no entanto, que a gestão está sendo mediada por ele com ambos os países.
Leia também
+ UE planeja diversificar suprimentos de energia em caso de retaliação russa
+ "Equilíbrio é a posição mais sensata", diz Bolsonaro sobre guerra
