GLO pode ser ampliada para aeroportos e portos além de Rio e SP, diz Rui Costa
De acordo com ministro, mais terminais podem ser incorporados em movimento com Forças Armadas
O decreto que definiu a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo, anunciado pelo governo federal, pode ser ampliado para outros terminais no país.
A possibilidade foi citada pelo ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa, após anúncio para ampliar a participação das Forças Armadas. A medida funciona como um instrumento jurídico que libera os militares para atuação fora do que está previsto para o Exército, Aeronáutica e Marinha.
"Se for identificada necessidade de incorporar mais aeroportos e portos, serão incorporados", afirmou Costa na 4ª feira (1º.nov).
De acordo com o governo, a GLO tem foco no combate à arrecadação das organizações criminosas e redução do tráfico de armas e drogas nas fronteiras.
"Esse decreto estabelece a criação de uma operação integrada de combate ao crime organizado, e por isso estou fazendo esse decreto de GLO especificamente para o porto do Rio de Janeiro, porto de Santos, porto de Itaguaí, aeroporto do Galeão e aeroporto de Guarulhos", disse Lula em cerimônia realizada no Palácio do Planalto.
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De acordo com a medida, a Marinha, a Aeronáutica e o Exército vão atuar em portos e aeroportos, com foco em inteligência financeira - recuperar ou evitar o ganho de recursos das organizações criminosas - e atuação logística para evitar que drogas e armas cheguem às mãos das facções e da milícia.
A adoção veio após Lula ter anunciado que não utilizaria a GLO em seu governo. O ministro da Justiça, Flávio Dino, defendeu a mudança com a justificativa de que a medida será implementada em áreas federais - e que o presidente teria se colocado contra a possibilidade da atuação em cidades: "Ele se referia à atuação em bairros, ruas, comunidades, etc. Isto não está ocorrendo. Ela (GLO) incide em áreas que já são federais".
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