Brasil envia nova carga de ajuda humanitária à população de Gaza
Entrega será feita no Egito, onde o avião ficará esperando para repatriar 30 brasileiros que continuam na região
Uma aeronave VC-2 da Presidência da República decolou às 19h32 de 2ª feira (30.out) de Brasília rumo ao Egito. Na bagagem, os militares estão levando 1,5 tonelada de alimentos, fornecidos pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), destinados à população da Faixa de Gaza - principal palco do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas.
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O carregamento é composto de arroz, açúcar, derivados de milho e leite. Todos os alimentos serão descarregados no Egito, onde serão entregues às autoridades responsáveis por transportá-la até Gaza.
Após concluir a entrega, o avião ficará à disposição no Egito para a operação de repatriação dos 30 brasileiros que seguem aguardando a abertura da fronteira em Gaza. O VC-2 vai substituir outra aeronave presidencial de mesmo porte que está no Cairo há duas semanas, mas que tem manutenção agendada no Brasil nos próximos dias.
Essa é a segunda missão da Operação Voltando em Paz em que houve envio de itens de assistência humanitária. A primeira foi realizada em 18 de outubro, quando o VC-2 pousou no Aeroporto Internacional de Al-Arish, no Egito, com equipamentos de filtragem de água e kits de saúde, capazes de atender até 3 mil pessoas ao longo de um mês.
A expectativa do governo brasileiro é que a fronteira de Gaza com o Egito seja aberta o quanto antes para que os brasileiros possam chegar ao Cairo, de onde embarcarão para o Brasil. Isso porque a situação em Gaza continua tensa em meio a ofensiva israelense, que agora ataca por ar e por terra. A falta de suprimentos também intensifica a crise humanitária nas cidades de Khan Yunis e Rafah, atual localização do grupo de brasileiros.
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"Estamos lutando para que os brasileiros não sejam afetados pela catástrofe humanitária que assola Gaza. Alugamos casas e conseguimos enviar recursos para que comprem alimentos, água, gás e remédios. Estamos oferecendo apoio de psicóloga e médico a distância. Infelizmente, as perspectivas são de rápida degradação das condições de vida e segurança", disse o embaixador Alessandro Candeas, responsável pela representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia.
