"Não é Lira que precisa de mim, eu que preciso dele", diz Lula
Presidente ressalta diálogo com políticos da oposição no lançamento do Novo PAC
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou a "convivência democrática" entre as instituições no discurso de lançamento do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) nesta 6ª feira (11.ago). Ele citou a relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PL), que estava na plateia e foi vaiado antes do discurso do presidente.
"O Lira é adversário político desde que o PT foi lançado. Quando termina a eleição, que cada um assume o seu posto, ele está aqui como presidente de uma institução que o poder executivo precisa mais dela do que ela do poder executivo. Não é o Lira que precisa de mim, eu é que preciso dele para colocar em votação na Câmara. Esse é o comportamento que temos que ter para consolidar o processo democrático neste país", declarou Lula.
Em uma cerimônia pomposa, que contou com a presença de diversos ministros no Teatro Nacional do Rio de Janeiro, Lula também citou a presença de políticos da oposição, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), como exemplos da convivência democrática.
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O presidente também voltou a reclamar de denúncias "sem provas", expressão que tem usado recentemente quando perguntado sobre a indicação ao cargo de procurador-Geral da República. O mandato do atual PGR, Augusto Aras, termina em 26 de setembro.
"Esse país às vezes é tomado pelo denuncismo. E quando uma pessoa é denunciada, não adianta pedir desculpa, porque a desculpa é pessoal, a denúncia é pública. A pessoa que faz a denúncia não paga nada, não tem nenhuma responsabilidade. Quem é prefeito do interior sabe, o quê que é a perseguição a prefeitos", disse.
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Novo PAC
O Novo PAC tem previsão de R$ 371 bilhões de investimentos diretos do Orçamento geral da União em quatro anos. A nova versão também vai contar com financiamentos, parcerias público-privadas e concessões, em um total de R$ 1,7 trilhões investidos. Lula falou que o programa é uma nova etapa do governo. "Hoje começa o meu governo, até agora o que nós fizemos foi reparar o que tinha desandado".