Discurso de Lira na Reforma Tributária mira ministério de Lula
Parlamentares da base atribuem declaração do presidente da Câmara a uma sinalização de longo prazo
Deputados de partidos da base governista não se surpreenderam com o gesto do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de usar a tribuna durante a votação do projeto de Reforma Tributária para sinalizar que está com o Palácio do Planalto apesar do candidato dele na eleição do ano passado ter sido o ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Para parlamentares do PP, sigla de Lira, do PT e do Republicanos, ouvidos na condição de anonimato, Lira está colocando em prática uma aproximação com o presidente Lula que signifique mais do que só o apoio às pautas econômicas. O deputado de Alagoas que se tornou o presidente mais forte da Câmara, ultrapassando, inclusive, a força de Eduardo Cunha, não quer perder poder quando for obrigado a deixar o cargo que ocupa, o que vai ocorrer em fevererio de 2025.
Um correligionário de Lira afirmou à reportagem do SBT News que o parlamentar está mirando a segunda parte do mandato para não deixar a presidência e ser só mais um deputado nos corredores do Congresso. Por isso, a avaliação interna no Progressistas é que o cenário ideal para Lira seria deixar a presidência e assumir um ministério na Esplanada.
Eles atribuem que o esforço do presidente da Câmara para ter aliados no Executivo já neste primeiro ano do governo Lula é poder ocupar esses espaços daqui um ano e seis meses. A avaliação é a mesma feita por integrantes da base governista e do próprio PT que entendem que esse prazo que parece longo para a política é logo ali.
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