Tarcísio de Freitas diz acreditar na inocência de Bolsonaro

Governador em primeiro mandato, Tarcísio de Freitas (Republicanos) chega ao quinto mês no comando do governo paulista já tendo enfrentado uma séria tragédia natural: as mortes e os estragos causados pela chuva no litoral norte. Além disso, ele tem buscando imprimir uma marca própria com propostas e mudanças na forma de administrar o estado mais rico e populoso do país, depois de quase três décadas de gestões do PSDB e partidos aliados.

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Em entrevista ao SBT News, o chefe do Executivo paulista falou sobre o programa Radar anticorrupção, lançado esta semana. Uma iniciativa cuja meta é prevenir irregularidades e ampliar a transparência e a integridade na gestão pública.

"O radar procura implementar a cultura da governança, a cultura da integridade no governo do estado de São Paulo. Estamos falando em um primeiro momento de 83 metas, essas metas estão dividias em três blocos: edição de normas - que visão combater a corrupção; metas de treinamento e capacitação; e metas relacionadas a parte de sistema, porque a digitalização é fundamental para o combate à corrupção. Quanto mais digital for governo, menos corrupção a gente vai ter e melhor a prestação de serviço", disse o governador.

Tarcísio de Freitas também afirmou que a construção dos 704 apartamentos prometidos para os moradores de São Sebastião está dentro do prazo de seis meses estipulado pelo governo estadual. O município foi severamente afetado pelo temporal que causou inundações, deslizamentos de terra e deixou 64 mortes, durante o feriado de carnaval deste ano.

"Dentro do prazo que nós estipulamos, nós vamos entregar os primeiros 704 imóveis. Ou seja, vamos atender todos que perderam os seus imóveis da tragédia, e mais, nós já estamos planejando a construção de mais 500. Para quê? Para tirar as pessoas que ainda vão permanecer em área de risco. Nós vamos evitar que novas tragédias aconteçam e nós vamos trabalhar para que todos tenham imóveis em áreas seguras", explicou.

Na entrevista, o governador paulista falou ainda sobre a polêmica entorno da visita dele a Agrishow, em Ribeirão Preto, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Tarcísio, o que foi definido pelo Ministério da Agricultura como um desconvite do ministro Carlos Fávaro, não partiu dele. "Liguei pessoalmente para ele para dizer que ele era muito bem-vindo no estado de São Paulo, muito bem-vindo à feira e que ele ia ser muito bem recebido. Então, a decisão de não ir foi uma decisão dele. Tem que entender também que a feira é organizada pela iniciativa privada e a iniciativa privada convida a todos", afirmou. 

Tarcísio de Freitas também comentou sobre as recentes buscas na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, governo no qual foi ministro da Infraestrutura, e defendeu a inocência do ex-mandatário. "Tenho certeza que com o decorrer das investigações vai ficar muito claro que ele não tem absolutamente nada a ver com aquilo que eventualmente está sendo imputado", disse. 

O governador respondeu sobre o processo em que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) apontou irregularidades na prestação de contas da campanha dele ao governo, como divergências na comprovação de despesas com serviços de táxi aéreo, hospedagem, locação de imóvel, serviços médicos e de publicidade por carro de som, além da utilização de recurso de fonte vedada e recebimento de doações em dinheiro acima do limite legal.

Os planos de privatização da Sabesp, a companhia de abastecimento de água e saneamento básico do estado e do Porto de Santos, também foram temas da entrevista, que você pode assistir na íntegra aqui.