Ministros de Lula defendem punição a responsáveis por programa secreto da Abin
Padilha considerou mapeamento de dados uma "irregularidade grave"; Rui Costa disse que órgãos vão apurar caso
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, classificou como grave o uso de um programa secreto para monitoramento de localizações em celulares por parte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Em declarações desta 3ª feira (14.mar), o ministro também disse que o governo vai apurar o rastreamento de aparelhos telefônicos.
"É muito grave, é mais uma questão a ser apurada das profundas irregularidades cometidas, não só por Bolsonaro, mas por agências do governo anterior. A própria Abin e outros órgãos, com o Ministério da Justiça, certamente vão apurar essas situações", disse Padilha.
O chefe das Relações Institucionais também disse que, ao se confirmar a situação, os responsáveis serão "fortemente punidos". As afirmações foram dadas a jornalistas, em resposta à reportagem do jornal O Globo de que a Abin teria monitorado celulares pelo uso de um programa israelense.
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Rui Costa, ministro da Casa Civil, também comentou sobre o caso nesta 3ª, e disse que o governo irá reformular o trabalho da Abin e definir punições contra envolvidos no tema.
"Toda a Lei será respeitada no trabalho da Abin, e se algo foi feito no passado, em outro governo que não tem conformidade com a Lei, isso será levado a quem é responsável, CGU, órgãos de justiça", declarou. "E responsabilidade deve ser feita contra quem praticou esses atos no passado", completou o ministro.