Lula diz que Brasil precisa voltar à normalidade e defende democracia
Presidente recebe governadores dos estados na manhã desta 6ª feira (27.jan)
Em encontro com governadores, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou a defender a democracia, a pregar a união e disse que quer o Brasil "volte à normalidade". O chefe do Executivo se reuniu com gestores estaduais na manhã desta 6ª feira (27.jan), no Palácio do Planalto.
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Lula disse que no seu governo não haverá veto a nenhum governador e que as portas do palácio estarão sempre abertas para as demandas que precisam ser discutidas com o governo federal.
"As portas do palácio estarão abertas a todo governador que tiver demanda que precise ser discutida com governo federal. Mostrar ao Brasil que governar de forma civilizada é importante para voltar à paz. Precisamos garantir ao povo que a disseminação do ódio acabou. Mostrar que o que aconteceu no dia 8 não voltara a acontecer", declarou o presidente.
"Em cada estado que eu for, eu irei visitar o gabinete do governador, a não ser que ele não queira. Não vou fazer que nem os terroristas e invadir o gabinete do governador. Mas não quero chegar a um estado e ter o governador como inimigo, porque votou em fulano ou cicrano", completou o petista.
Pautas da reunião
No início do encontro, Lula afirmou que está ciente de algumas problemas dos Estados, mas que não "há o orçamento desejado". Como noticiou o SBTNews, os governadores vão debater demandas relacionadas ao ICMS, recuperação fiscal, repasses para a saúde e obras paralisadas.
O presidente também disse que o BNDES deve voltar a ser um banco de desenvolvimento para os Estados. "Emprestar dinheiro para que governadores possam concluir obras. Esse papel do BNDES. Banco do Nordeste há muito tempo não consegue emprestar dinheiro pra govenador. Vai voltar a fazer isso se o governo tiver com contas equilibradas. Não vamos ajudar pagar dívida. Se tiver com contas em ordem, não há por que governo federal facilitar para que tenham recursos", afirmou Lula.
Ao falar sobre democracia, Lula disse que vai conversar com o Congresso e com o Judiciário brasileiro. Na ocasião, ele também disse que é preciso parar de "judicializar" a política.
"Temos culpa de tanta judicialização. Ao invés de aceitar resultado no Congresso a gente recorre a outra instancia para ver se a gente consegue ganhar. É preciso parar com essa forma de fazer política", disse.
Assista ao pronunciamento na íntegra: