Haddad: Negociação da PEC continua mesmo após decisão de Gilmar Mendes
Futuro ministro afirmou que governo eleito vai "perseverar no caminho da institucionalidade"
O futuro ministro da área econômica, Fernando Haddad, afirmou, na manhã desta 2ª feira (19.dez), que a negociação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição continua mesmo após a decisão do ministro do Gilmar Mendes, Supremo Tribunal Federal (STF). No domingo (18.dez), o magistrado deliberou que os recursos destinados para o Bolsa Família fiquem fora do Teto de Gastos.
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"A negociação permanece porque é importante para o país apostar na boa política. Nós vamos continuar na mesa discutindo o que é melhor para o país. Isso dá conforto aos beneficiários do Bolsa Família, que não vão ficar desemparados. Vamos perseverar no caminho da institucionalidade e da boa política", afirmou o ex-prefeito de São Paulo durante conversa com jornalistas na porta do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
A votação da PEC da Transição -- proposta que garante que o governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mantenha o pagamento de R$ 600 do Bolsa Família e de outros programas sociais -- deve ser votada na Câmara dos Deputados na 3 ª feira (20.dez). O texto já foi aprovado no Senado Federal.
Como noticiou o SBT News, nos últimos dias, o governo eleito tem encontrado dificuldade para aprovar a proposta por causa das negociações de cargos e da votação da constitucionalidade do orçamento secreto.
Ainda segundo Haddad, a gestão de Lula pretende criar medidas para "resolver questões do rombo herdado" do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Temos um problema na Previdência Social. Durante o processo eleitoral, retiraram os filtros do cadastro e colocaram todo mundo para frente. Isso dá um impacto entre R$16 bilhões e R$ 22 bilhões. Precisamos ter muita cautela com os números, porque o rombo deixado não é só no Bolsa Família", declarou o futuro ministro da Fazenda.