Pimentel diz que "não é o momento de rever reforma da Previdência"
Ex-ministro também pretende retirar a Dataprev da lista de privatizações
O ex-ministro José Pimentel, um dos integrantes do grupo técnico da Previdência Social da equipe de transição de governo, defendeu, nesta 2ª feira (21.nov), que não é o momento certo para tratar de reforma da Previdência.
"Até a PEC da transição está esse problema todo. Tratar de emenda previdenciária não é o momento adequado, não", afirmou Pimentel na chegada ao Centro Cultural Banco do Brasil onde funcionam os gabinetes da transição.
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Além disso, José PimenteL (PT) reforçou que "a prioridade do grupo da Previdência Social é melhorar o atendimento à população e modernizar a Dataprev -- a empresa de tecnologia da Previdência Social", afirmou. O grupo também vai propor a retirada da empresa da lista de privatizações.
"A nossa prioridade é melhorar o atendimento. Precisa tirar a DataPrev da privatização e qualificar a TI [...] A Dataprev saiu da Previdência, foi para o Ministério da Economia, e lá foi incluída no rol de privatizações. Com isso, não tem como melhorar o atendimento", afirmou o ex-ministro da Previdência.
Em 2020, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) incluiu a Dataprev no Programa Nacional de Desestatização (PND). À época, a equipe econômica afirmou que a privatização "faz parte de uma estratégia para alavancar investimentos, criar empregos e o desenvolvimento econômico nacional".
A Dataprev e outras empresas públicas, como Sepro e Correios, estão na lista de privatização do governo federal desde 2019. No ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que abre caminho para a privatização dos Correios. O Supremo Tribunal Federal (STF) analisa uma ação que argumenta que a medida seria inconstitucional.
Para José Pimentel, se a Dataprev não for mais privatizada, a fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pode até ser zerada. Atualmente, mais de 2 milhões de pessoas aguardam por benefícios do INSS.
Fora da lista
Como antecipou o SBT News, a próxima gestão vai frear as privatizações nas áreas de Comunicações. Os grupos de trabalho da transição vão orientar que os Correios e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que tem a TV Brasil e a Rádio Nacional entre os principais veículos, saiam da lista de desestatização elaborada na atual gestão de Jair Bolsonaro (PL).