Bolsonaro tentará rebater "pária internacional" na Assembleia da ONU de 2022
Presidente começou reuniões e traça estratégias para discurso de abertura na Assembleia Geral em setembro
Após indefinições pelo período de campanha, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, confirmou nesta 3ª feira (30.ago) que deverá participar da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). O evento, que reúne líderes mundiais, será em Nova York, nos Estados Unidos, entre os dias 19 e 23 de setembro.
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Candidato à reeleição, Bolsonaro ainda não havia confirmado publicamente a ida à Assembleia. A aposta de auxiliares e de diplomatas é que o presidente iria priorizar a agenda interna com os eventos de campanha e que poderia não ir aos EUA. A avaliação, no entanto, agora é de que o discurso na ONU poderá ser usado na disputa pelo Palácio do Planalto para rebater os argumentos dos adversários de que o Brasil se tornou um "pária internacional".
A expressão chegou a ser usada pelo ex-ministro Ernesto Araújo em discurso oficial. O chanceler afirmou que preferia ver o Brasil como pária a aderir ao que ele classificou como agenda "globalista". Bolsonaro não deu detalhes sobre o conteúdo do discurso. Disse apenas que quer que a fala dele repercute internamente no Brasil.
Segundo Bolsonaro, o tempo máximo estabelecido pela Organização das Nações Unidas para a declaração é de 15 minutos, mas o presidente teria pedido para aumentar a duração da fala para 20 minutos.
O Brasil sempre faz o discurso de abertura do evento. Em um encontro com empresários do setor de serviços, o presidente disse que fez a primeira reunião com auxiliares e integrantes do Itamaraty para decidir os temas que ele irá abordar durante o discurso.
