Bolsonaro volta a questionar eleições e diz querer "transparência"

Em meio aos posicionamentos de países em defesa do sistema eleitoral brasileiro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a questionar as eleições e disse, nesta 6ª feira (22.jul), querer "transparência". Durante uma visita ao Posto da Torre, em Brasília -- local que deu início à operação Lava Jato. O presidente não deixou claro os questionamentos sobre o sistema eleitoral, limitando-se a citar inquérito da Polícia Federal já rebatido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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"O que a gente quer é transparência", afirmou. Bolsonaro também ironizou a possibilidade de não reconhecer o resultado das próximas eleições."Eu vou dar golpe em mim mesmo? Um autogolpe?", indagou em outro momento.

Bolsonaro também defendeu as sugestões apresentadas pela Defesa para as próximas eleições, com destaque ao pedido de uma "votação paralela", e comparou questionamentos à segurança das urnas à Mega Sena. O presidente disse se alguém desconfiar da idoneidade do sorteio da loteria e quiser propor uma sugestão de checagem ao banco, o pedido será "prontamente" atendido por ele e pela presidente da Caixa, Daniella Marques.

Jornalistas que estavam no local questionaram o presidente sobre os posicionamentos adotados por outros países, como Estados Unidos e Reino Unido, em defesa do sistema e do resultado das eleições brasileiras, mas Bolsonaro reforçou querer transparência.

Na transmissão feita pelas redes sociais do presidente na 5ª feira (21.jul), ele não comentou o que irá responder às determinações do ministro Edson Fachin, presidente do TSE, que mandou que o presidente se manifeste em um período de cinco dias sobre a reunião com embaixadores em que questionou o sistema de votação. 

Até esta 6ª feira, todos os representantes de Poderes do país, com exceção do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-PI), se colocaram em favor das urnas eletrônicas e disseram confiar na apuração eleitoral brasileira.