Mourão minimiza impacto de CPI do MEC: "Todo mundo pensando em eleições"
Vice de Bolsonaro afirma que falta tempo para comissão ir para frente, pela proximidade a outubro
O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) minimizou, nesta 2ª feira (27.jun), o impacto dos eventuais trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério da Educação (MEC). Segundo Mourão, a CPI não deve ir para frente, pelo calendário estar próximo às eleições: "Falta tempo para progredir".
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Mourão classificou como "complicada" o período de atuação dos senadores em investigar supostos desvios e favorecimentos a pastores no MEC. "Mais três meses e tem essa eleição. Então, eu acho que falta tempo para isso aí progredir. Acho também que não vai para frente", disse.
A declaração de Mourão foi dada às vésperas da apresentação do requerimento de abertura de CPI. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do processo, disse que apresentará o pedido na 3ª feira (27.jun). O movimento, que começou na época dos escândalos que apontavam supostos desvios no MEC e favorecimento a pastores, ganhou força após investigações da Polícia Federal, que levaram preso o ex-ministro Milton Ribeiro.
Entre os novos desdobramentos do caso, também está um pedido de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). A solicitação foi feita pelo Ministério Público Federal ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Milton Ribeiro foi alvo de operação da Polícia Federal na última semana, e chegou a ser preso. Solto no dia seguinte, ele ainda responderá em inquérito sobre supostos desvios no MEC, além de ações da pasta que beneficiaram políticos próximos a pastores.