Bolsonaro diz que pode recriar três ministérios se for reeleito
Segundo presidente, Planalto não possui "margem nem manobra" para fazer isso no atual governo
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 2ª feira (6.jun) que, em um eventual segundo mandato, pode recriar os ministérios da Segurança Pública -- atualmente ligado ao da Justiça --, da Indústria e Comércio -- extinto em 1º de janeiro de 2019 -- e da Pesca - extinto em 2015.
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A declaração foi dada em entrevista ao canal AgroMais. "Esse ministério [Segurança Pública] já foi estudado. Pela extensão do Brasil, eu acho que é positivo o restabelecimento. Não só desse como alguns outros ministérios que não haja dúvida, como Indústria e Comércio, por exemplo. Até a questão da pesca pode ser estudada. Eu confesso que quando assumi não sabia a extensão da pesca", afirmou o presidente.
Ainda de acordo com ele, pretende, "havendo uma reeleição, dividir melhor os ministérios, criar no máximo mais três", com o objetivo de administrar melhor o país. "Digo, pela extensão do Brasil, se justifica fazer isso daí", completou. Em 2018, Bolsonaro se elegeu com a promessa de governar com no máximo 15 ministérios, sendo que naquele ano, havia 29. Porém, em janeiro de 2019, empossou 21 e, posteriormente, recriou os ministérios das Comunicações, e do Trabalho e Previdência.
O presidente disse que não recriará o da Segurança Pública, Indústria e Comércio, e da Pesca no atual governo porque "depende da criação de cargos" e o Planalto não possui "margem nem manobra para isso". Em outro momento da entrevista desa 2ª, o chefe do Executivo federal falou sobre os debates eleitorais.
Segundo Bolsonaro, "isso é questão de estratégia no primeiro turno". "Nenhum presidente participou. Então eu quero deixar em aberto isso daí, porque se eu falar 'vou participar' e, depois, não vou, vão me atacar. Se eu [falar que] não vou, depois vou, atacam. Então deixa em aberto. Eu vou esperar um pouco mais acontecer", acrescentou. Na semana passada, ele havia afirmado que iria aos debates do segundo turno se avançar na disputa ao Planalto, mas que pensaria sobre os do primeiro.
Ainda ao AgroMais, em fala direcionada a ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente declarou que, pelo que vê consigo nas ruas, "é impossível" não haver segundo turno no pleito deste ano ou "quase impossível" ele não ganhar no primeiro. Pesquisa XP/Ipespe divulgada na semana passada mostra o atual chefe do Executivo com 34% das intenções de voto, ante 45% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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