Bolsonaro reclama de relação com Biden, mas espera diálogo
Presidente disse que possível encontro bilateral o fez confirmar presença na Cúpula das Américas
O presidente Jair Bolsonaro (PL) explicou que a sinalização de uma conversa com o presidente norte-americano Joe Biden o fez confirmar a ida até a Cúpula das Américas, a partir de 06 de junho, em Los Angeles (EUA). A declaração foi dada nesta quinta-feira (26.mai) depois que Bolsonaro visitou a Capela São Pedro Nolasco, em Brasília. Na ocasião, houve também críticas ao comportamento considerado introspectivo por parte do líder americano.
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"Com o Trump estava indo muito bem, tínhamos muitas coisas combinadas para fazer aqui no Brasil, entre outras coisas explorarmos o nióbio agregando valor ao Brasil. Quando entrou o Biden, simplesmente houve um congelamento. Da minha parte, eu não mudei a minha política com eles. Encontrei com ele [Biden] no G20, passou e foi como se eu não existisse. Mas esse foi um tratamento com todo mundo por parte do Biden, não sei se é a idade. Mas pelo que eu vi, foi acertado e terei uma [conversa] bilateral com ele e eu irei pra lá fazer valer o que o Brasil representa para o mundo", disse Bolsonaro, comparando também o atual presidente ao antecessor, Donald Trump.
Na última terça-feira (24.mai), o governo dos Estados Unidos enviou ao Brasil o senador Christopher Dodd (Democrata), responsável por convencer Bolsonaro a comparecer na Cúpula das Américas, sob o argumento de que Biden estaria disposto a fazer uma reunião bilateral com Bolsonaro durante o evento. A Casa Branca teme um esvaziamento do encontro e, ao enviar um emissário para falar com Bolsonaro, teria demonstrado a importância da participação do Brasil.
Os Estados Unidos tem se empenhado em fortalecer a Cúpula das Américas, deixada em segundo plano durante a gestão Trump. Biden pretende demonstrar a liderança americana em assuntos relacionados à América Latina, fazendo frente ao mesmo tempo à crescente influência da China sobre a região. Além de Bolsonaro, o senador Christopher Dodd também tem investido no convencimento para que o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador também participe do encontro.
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