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Demitido, Silva e Luna defende política de preços da Petrobras

Ainda na presidência da estatal, ele disse que a "empresa não pode fazer política partidária"

Demitido por Jair Bolsonaro, o ainda presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, defendeu a política de reajustes de preços da empresa. Segundo ele, a tendência é que a pressão sobre os reajustes venha com o fim da pandemia da covid e da guerra na Ucrânia.

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Para Silva e Luna - que, mesmo demitido, decidiu manter uma agenda no Superior Tribunal Militar (STM) nesta terça-feira (29.mar), em abrasivos -, as decisões de reajustes foram "soluções tomadas para o momento".

O general também afirmou que a estatal, por lei, não pode fazer política pública com os preços dos combustíveis e menos ainda política partidária. "Pode fazer política pública? Não. Pode fazer política partidária? Menos ainda", disse Silva e Luna. E completou dizendo: "Por que (a Petrobras) não baixa preço do petróleo, por que não faz política pública? Por causa disso, porque é lei. Petrobras é empresa pública, classificada como economia mista. Em termos de legislação, são quatro leis. A Constituição diz que ela deve atuar como empresa privada. Lei do petróleo diz que ela deve praticar preço do mercado", reforçou.

Silva e Luna apresentou um slide em que fez uma comparação com os reajustes de fato feitos pela Petrobras e o que acabou sendo feito para o consumidor na bomba. "A Petrobras fez 16 reajustes, mas para consumidor foram 42 aumentos."

Silva e Luna disse que países que interferiram no preço dos combustíveis perderam investimentos. "Por isso o Brasil não pode tabelar os preços de combustíveis." Ele citou o exemplo do leilão dos blocos de petróleo, que foi considerado um fracasso. Dos 92 blocos colocados à venda em outubro de 2021, apenas cinco foram arrematados. Segundo ele naquele momento houve ruído em relação á interferência da Petrobras, o que afugentou o investidor.

Para Silva e Luna, o preço de mercado de combustíveis garante o abastecimento para o consumidor brasileiro. "Sem isso, há claramente um risco de desabastecimento". Por fim, criticou os investimento petistas no governo Dilma Rouseff em refinarias. "Alguns estamos recuperando, outras não temos mais o que fazer, perdemos."

No encerramento da palestra no STM, Silva e Luna disse que fica na Petrobras até o próximo dia 13 de abril. Ele disse que no momento apropriado dará explicações. "Vamos dar todas as informações, até pela reputação da empresa, que pode estar sendo arranhada." O general já tem substituto no comando da empresa: o economista Adriano Pires.

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