AGU analisa possibilidade de Bolsonaro não depor à PF
Presidente deve ser interrogado sobre suposto vazamento de inquérito sigiloso
O presidente Jair Bolsonaro (PL) discute com a Advocacia-Geral da União (AGU) a possibilidade de não depor à Polícia Federal (PF) nesta 6ª feira (28.jan). O depoimento, sobre a suspeita de vazamento de documentos sigilosos de uma investigação da PF, marcado às 14h na Superintendência da PF, foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A AGU apresentou, nesta última 5ª feira (27.jan), um pedido de dispensa ao depoimento na PF para o presidente Jair Bolsonaro. Em resposta ao órgão, o ministro Alexandre de Moraes definiu, ontem (27.jan), que o presidente compareça à Polícia Federal, hoje (28.jan), uma vez que ele já tinha concordado anteriormente com o depoimento. Moraes também determinou a retirada do sigilo da investigação e que após o interrogatório, a PF conclua o inquérito.
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O ministro do STF tinha definido prazo até esta 6ª feira (28.jan) para a PF ouvir o presidente, no entanto, não houve marcação de horário do depoimento. Até o fechamento desta matéria, a AGU não respondeu ao questionamento do SBT News sobre o depoimento de Bolsonaro.
A agenda oficial do presidente Jair Bolsonaro (PL), desta 6ª feira (28.jan), divulgada pelo Palácio do Planalto após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar oitiva presencial do chefe do Executivo para as 14h da data, mostrou um compromisso marcado para as 15h, ou seja, uma hora depois de quando começaria o depoimento.
Na ocasião, Bolsonaro se encontrará com Pedro Cesar Souza, subchefe para assuntos jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República. A reunião, no Palácio da Alvorada, deverá demorar 30 minutos.
Investigação da PF sobre vazamento de dados
O inquérito apura o vazamento de documentos sigilosos, de uma investigação da Polícia Federal sobre ataques ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral, em uma live do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.
Jair Bolsonaro chegou até a publicar o link com a íntegra da investigação sigilosa não concluída pela PF. Os documentos mostram que um hacker conseguiu acessar o código-fonte de urnas eletrônicas em 2018, mas não alterou a votação.
A delega que vai ouvir o presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal é Denisse Ribeiro Dias. Ela lidera as investigações do suposto vazamentos de dados sigilosos, do inquérito de fake news, das milícias digitais e da live na qual o presidente atacou a segurança das urnas eletrônicas.
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