"Anvisa sinalizou positivamente sobre autoteste de covid", diz Queiroga
Ideia do governo é que Agência dê aval para pessoas comprarem testes em farmácias e fazerem em casa
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta 2ª feira (10.jan) que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu sinal positivo sobre eventual uso de autoteste de covid-19 no país -- ou seja, que a própria pessoa se teste para a doença em casa -- e pediu o envio de um parecer a respeito de uma política pública sobre o tema. A declaração foi dada na mesma entrevista coletiva em que o governo anunciou a redução do tempo de isolamento para pessoas com covid.
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"A Anvisa já sinalizou positivamente em relação ao autoteste e solicitou ao Ministério da Saúde um parecer sobre uma política pública. Quando se estabelece uma política pública, passa a ser, conforme a Constituição Federal, um direito de todos e um dever do Estado. Mas há muitos itens, há muitos medicamentos, há muitos dispositivos, que eles são aprovados pela Anvisa, eles estão disponíveis para a sociedade, mas eles não são políticas públicas", disse Queiroga.
Na sequência, pontuou: "Então se já é complexo eu ter a testagem realizada por um profissional da saúde lá na ponta, na atenção primária, imagina num país com 210 milhões [de habitantes] como que é a questão autoteste? Vamos ter a rastreabilidade devida? Sem ter essas respostas em relação à efetividade da política e a custo de efetividade, essa promessa de ter essa política pode não ter o resultado que nós desejamos. Isso não significa dizer que o teste não possa ser vendido na farmácia como acontece com outros medicamentos, para que a população possa adquirir e realizá-lo, o teste, em casa".
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A ideia do Ministério da Saúde, portanto, é que a Anvisa dê aval para uso do autoteste no país não como política pública, mas sim de forma que os próprios cidadãos comprem os testes em farmácias, para poder fazê-los. Queiroga disse que pôde fazer um exame desse modo quando esteve nos Estados Unidos.
Ainda na coletiva, o ministro afirmou que o governo está se preparando para ampliar algumas políticas, entre as quais a de testagem; o ministério deverá distribuir, até o final de janeiro, pelo menos 28 milhões de testes aos estados, sendo 13 milhões nos próximos 15 dias.
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