"Centrão não quer saída da Flávia Arruda", diz Valdemar Costa Neto
Presidente do PL reclama que "pessoal fica valente" na ausência do presidente Jair Bolsonaro
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, defendeu nesta 4ª feira (5.jan) a manutenção da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL-DF), e minimizou a pressão pela sua demissão. Para ele, a fritura da ministra é uma ação isolada e não representa o grupo majoritário do Centrão.
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"O Centrão não quer saída da Flávia. Porque eu não vi nenhuma manifestação do Arthur Lira (PL), do Ciro Nogueira (PP), nossa. Pelo contrário. Nós queremos que a Flávia continue. Porque a Flávia fez o que pode fazer. Dinheiro vai faltar sempre. Agora, o grande problema que nós enfrentamos é o seguinte: o pessoal fica muito valente quando o Bolsonaro não está aqui", afirmou.
Deputados e senadores insatisfeitos por não terem recebido verbas de emendas reclamam da atuação da ministra da Secretaria de Governo e dizem que ela não cumpriu acordos firmados ao longo de 2021.
Quem puxa o coro pela demissão de Flávia Arruda é o líder do Republicanos, deputado Hugo Motta (PB). Ele sugeriu a mudança em declarações à imprensa. Sem citar diretamente o nome de Mota, o presidente do PL criticou a forma e o momento escolhido pelo parlamentar para articular contra a ministra. "Bolsonaro estava internado. Não seria o momento de nós partirmos para uma discussão pública. Isso ficou de maneira deselegante", reclamou.
Nesta 4ª, Bolsonaro defendeu a ministra e disse que ela não seria demitida pela imprensa. "Onde a Flávia Arruda está errada? Desconheço. Se por ventura estiver errando, eu chamo e converso com ela. Ela não será demitida jamais pela imprensa", disse.
Bolsonaro também reforçou que a escolha de Flávia Arruda foi pessoal: "A indicação da Flávia Arruda foi minha. Por que eu indiquei? Não é por ser mulher, por nada. Foi pela competência dela, foi relatora do Orçamento. Para mim, ninguém ligou. Ninguém pede a cabeça de ministro como acontecia no passado".
O calendário eleitoral também favorece Flávia Arruda. Em três meses, ela deve deixar o cargo para concorrer nas eleições deste ano. Deputada federal, a ministra está licenciada, e ainda não tem decisão se concorrerá à reeleição, se tentará uma vaga no Senado ou se entrará numa composição de chapa ao governo do Distrito Federal.