Bolsonaro reitera que não vacinará filha e diz que Anvisa "fechou diálogo"
Em live, presidente ainda lançou dúvidas sobre imunizantes: "Não consigo entender essa gana por vacina"
Durante transmissão ao vivo nas redes sociais nesta 5ª feira (30.dez), o presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou pais de crianças a acompanharem a audiência pública do Ministério da Saúde sobre a vacinação infantil, em 4 de janeiro, e reiterou que não pretende imunizar a filha, Laura, de 11 anos.
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"É uma questão bastante séria, vacinar crianças entre 5 e 11 anos. Você, se for possível, não deve perder essa audiência pública, afinal de contas, é a vida do seu filho, da minha flha. E todos nós pais damos muito mais valor à vida dos nossos filhos do que à própria nossa (sic)", afirmou.
Bolsonaro voltou a lançar dúvidas sobre as vacinas, a defender, sem citar nomes, remédios que não têm eficácia contra a covid-19 -- como Cloroquina e a Ivermectina -- e a criticar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que autorizou a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos.
"Eu sei o que é bom para a minha filha. A Anvisa fechou o diálogo. A minha esposa se vacinou, nossa filha não tem quase nada a ganhar com a vacina. Ainda temos muita incerteza. Nesse debate do dia 4, ouviremos pessoas que não são ouvidas. Você não pode obrigar ninguém a tomar vacina", declarou. "Não consigo entender essa gana por vacina. Nós não somos negacionistas", acrescentou.
O presidente também elogiou a decisão do Ministério da Educação de proibir que instituições federais cobrem o chamado passaporte da vacina. "O reitor não tem essa autoridade para proibir", disse Bolsonaro, que chegou a receber um telefonema do ministro, Milton Ribeiro, durante a live.