Líder do governo diz que debandada da Receita não é "adequada"
Ricardo Barros (PP-PR) afirma que "não há recursos" para atender todas as categorias
O deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, declarou ao Poder Expresso nesta 4ª feira (22.dez), que não considera "adequada" a debandada dos servidores da Receita Federal, provocada pela aprovação do Orçamento de 2022.
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O texto, que já passou pelo Congresso e segue para análise do Executivo, prevê o valor fechado R$ 1,7 bilhão para o reajuste de salários de policiais. Outro ponto foi a redução em R$ 200 milhões do fundo eleitoral para o próximo ano para o qual foram destinados R$ 4,9 bilhões.
"Evidentemente não há recursos para atender a todas as demandas que estão impostas no orçamento", disse o deputado. "Não me parece adequado também o tipo de pressão que está sendo feita, não é republicano. Os servidores públicos que querem abrir mão de seus cargos serão substituídos por outros igualmente competentes, já spoeramos várias dessas crises aqui", acrescentou.
Auditores e analistas de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo pediram exoneração de seus cargos e afirmaram que um dos motivos é o orçamento destinado ao órgão, reduzido em 51,4%. De acordo com os servidores, a Receita Federal do Brasil, órgão integrante do Ministério da Economia, é responsável por mais de 90% da arrecadação total da União. Entre os que deixaram os cargos, estão chefes de alfândega, o que pode dificultar a liberação de mercadorias no Porto de Santos e aeroportos.
"Não há o que se falar em pressão, as decisões políticas estão tomadas e é obviamente também livre o direito de reclamar, mas a política está com suas prioridades definidas e elas serão implementadas. Eu peço compreensão, porque não é possível dar aumento a todos os servidores, não há recursos orçamentários para isso", completou o parlamentar.