Bolsonaro: "Só aqui cara tem prazer de ir para fora e falar mal do país"
Em live, presidente disse ainda que é difícil conseguir coisas boas para o Brasil
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta 5ª feira (25.nov) que apenas brasileiros sentem "prazer" em criticar o país no exterior e que essas críticas impactam na cotação do dólar ao levar investidores internacionais a verem o Brasil de forma negativa. A declaração foi feita em sua tradicional transmissão ao vivo pela internet, da qual participou também, desta vez, o ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
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"A gente está bem com o mundo e o pessoal insiste em o tempo todo tentar desacreditar o governo. Quando eu viajo pelo mundo, eu não vejo nenhum americano falando que na Califórnia pega fogo, nenhum alemão falando que a matriz energética deles é bem diferente da nossa, ou como a França trata o meio ambiente ou se não nega a caça a baleias. Nada disso, só aqui o cara tem o prazer de ir para fora do Brasil e falar mal do seu país. O cara que quer investir aqui, Marinho, pensa duas vezes, atrasa, não investe, não faz negócio, quer curtir um turismo aqui, não vem, vai para outro lugar", afirmou o presidente.
Ainda segundo ele, "realmente é difícil conseguir coisas boas para o seu país". "E quando investidores fogem, isso tem reflexo no preço do dólar. Daí o pessal quer que eu baixe o dólar na canetada, que tem reflexo no preço do combustível, que é uma outra história. É uma bola de neve", completou.
Em outro momento da live, comparando sua gestão com os governos anteriores, Bolsonaro disse que mesmo com o teto de gastos, "está fazendo muito, mas muito mais coisas do que os outros faziam no passado sem teto". De acordo com Bolsonaro, sem a medida, "era fácil o cara meter a caneta, se edividar e seja aí o que Deus quiser".
Encontro com presidente do Paraguai
Bolsonaro aproveitou a transmissão também para falar sobre o encontro que teve com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, na 4ª feira (24.nov). Segundo ele, na ocasião, os líderes conversaram sobre a construção de pontes entre os dois países. A expectativa é que uma segunda, contruída a partir de investimento feito pela Itaipu Binacional, ficará pronta em março ou abril de 2022.
O chefe do Executivo brasileiro disse que os investimentos por parte da usina aumentaram graçar a trocas que promoveu na diretoria. Ele acrescentou que a ordem de serviço para construção de uma terceira ponte entre Brasil e Paraguai será assinada, possibilitando uma ligagação chamada de bioceânica. A estrutura possibilitará o escoamento da produção da região do Matro Grosso do Sul e estados vizinhos para o Oceano Pacífico.
Outro assunto que teria sido abordado no encontro entre os presidentes foi um projeto para autorizar a criação de tilápia no Lago de Itaipu, que, de acordo com Bolsonaro, deve ser aprovado pelo Paraguai. A medida, disse, possibilitaria aumento de 40% na produção de pescados no Brasil e permitiria o Paraguai aumentar o volume de pescado em 40 vezes.
Ações do governo
O ministro Rogério Marinho, por sua vez, falou sobre a transposição do Rio São Francisco e benefício do marco legal do saneamento básico, regulamentado no ano passado. Em relação ao primeiro tema, disse que Bolsonaro "concluiu a última obra física na Paraíba". Agora, o governo estaria trabahando para fazer com que as águas cheguem ao Rio Grande do Norte, o que está previsto para ocorrer até o final de janeiro de 2022.
Já no que diz respeito ao marco legal, Marinho classificio o resultado como "extraordinário". "Em menos de um ano e três meses de funcionamento, o volume de investimento é de 10 vezes maior", pontuou. Em 2020 e 2021, o montante investido nessa área por ano estaria entre R$ 35 bilhões e R$ 37 bilhões.