"Amazônia não pega fogo", reafirma Bolsonaro após recorde de desmatamento
Segundo o presidente, basta outros países não comprarem madeira do Brasil para evitar as queimadas
Em sua live semanal, realizada excepcionalmente nesta 6ª feira (19.nov), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rebateu as críticas sobre o aumento do desmatamento na Amazônia, que atingiu o recorde dos últimos 15 anos. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe), 13.235 km² foram devastados na Amazônia Legal Brasil (ALB) entre 1° de agosto e 31 julho de 2021, um aumento de 21,97% se comparado ao estudo do Prodes de 2020.
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"A Floresta Amazônica não pega fogo, pega na grande periferia. Geralmente os focos de incêndio são quase nos mesmos pontos todo ano. É o caboclo, o ribeirinho, o indígena que faz sua roça de subsistência e acaba tocando fogo no mesmo lugar. Tem desmatamento ilegal? Tem, é só outros países não comprarem madeira nossa. Tem queimada ilegal, mas não é nessa proporção toda que dizem", afirmou o presidente.
Apesar de negar o desmatamento, Bolsonaro tentou justificar a falta de controle por conta do tamanho da floresta: "Alguns falam que tem que combater mais, você sabe o tamanho da Amazônia, quanto países da Europa cabem dentro da Amazônia? Está na ordem de mais de 4 milhões de kmª, o equivalente a uma Europa ocidental, como vai dar conta disso tudo?", questionou.
Também nesta 6ª feira, o vice-presidente Hamilton Mourão alegou que o desmatamento na região Amazônica ocorre por causa do avanço da população na área: "O que acontece é o seguinte, existe uma pressão do avanço, não vou dizer da civilização, mas um avanço das pessoas que moram no Centro-Sul do Brasil para áreas de terras não ocupadas na Amazônia".
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