Nos EUA, Fábio Faria discute conectividade na Amazônia com Elon Musk
Intenção é utilizar satélites da SpaceX para conectar escolas rurais e ampliar a preservação ambiental
O uso de satélites para ampliar a conexão por internet em escolas rurais e promover a preservação da Amazônia foi o tema de uma conversa entre o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e o fundador das empresas de tecnologia SpaceX, Tesla e Starlink, Elon Musk. Em reunião nos Estados Unidos na 2ª feira (15.nov), Faria discutiu o possível uso de satélites de Musk para projetos do governo federal.
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"Estamos trabalhando para fechar essa importante parceria entre o governo brasileiro e a empresa SpaceX. Queremos aliar a tecnologia desenvolvida por eles com o programa Wi-Fi Brasil do Ministério das Comunicações", declarou o ministro.
Fábio Faria também citou a intenção em utilizar os satélites para monitorar o desmatamento e incêndios ilegais no país. Musk tem cerca de 4.500 satélites que orbitam próximo à Terra e que poderiam contribuir com o processo. "Nosso objetivo é levar internet para áreas rurais e lugares remotos, além de ajudar no controle de incêndios e desmatamentos ilegais na floresta amazônica", disse.
O uso dos satélites ainda pode fortalecer projetos de conectividade para escolas e unidades de saúde em áreas rurais e em comunidades indígenas.
Contribuição do 5G
Incentivar a conectividade na Amazônia e em outras áreas remotas é também uma das apostas do 5G. A implementação da tecnologia, que foi a leilão no início do mês, deve ampliar o acesso à internet e auxiliar no combate ao desmatamento e à redução de gases.
Em participação na Cúpula do Clima, COP26, na última semana, Fábio Faria exemplificou que o 5G permite mais acesso sem impactos negativos à natureza, por haver "um consumo menor de combustíveis fósseis, economia de recursos naturais e transmissão do conhecimento necessário ao crescimento sustentável".
"Para atender toda a população, uma rede típica de telecomunicações na Amazônia poderia implicar na destruição de 68 milhões de árvores. O que faremos é uma rede subfluvial, que aportará nas principais comunidades amazônicas sem derrubar uma árvore sequer", afirmou, em participação na COP.
