Bolsonaro diz que não divulgou mentiras sobre vacina contra covid-19
Ao associar imunizante à aids, presidente explica que só reproduziu reportagem de 2020
O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta 5ª feira (28.out), que não propagou fake news sobre a vacina contra a covid-19 quando associou o imunizante ao vírus da aids. Segundo o mandatário, a declaração polêmica foi apenas uma "reprodução" da parte dele. A informação, no entanto, é falsa e foi questionada por especialistas em saúde. O vídeo em que o presidente declara que a vacinação aumenta o risco de contrair aids chegou a ser removido de redes sociais, por violar as regras de uso das plataformas no combate a fake news relacionadas com a pandemia.
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"A revista Exame reconhece que fizeram matéria semelhante e não foi fake news da minha parte, foi uma reprodução", disse, ao citar uma reportagem da revista que explicava uma outra publicação sobre o tema, veiculada em 2020. À época, a revista divulgou um estudo que associava outras vacinas ao maior risco de se contrair HIV. Nenhum dos imunizantes citados na reportagem é utilizado no Brasil.
A declaração de Bolsonaro foi feita em live no Facebook. A transmissão semanal costuma também ser transmitida pelo presidente no YouTube, o presidente está temporariamente bloqueado na rede por causa da live sobre aids e vacina.
Associação falsa
Em live a apoiadores, na semana passada, o presidente associou a vacina contra covid-19 ao aumento do risco de se contrair o vírus da aids. A declaração repercutiu negativamente entre especialistas em saúde e foi levada ao Supremo Tribunal Federal (STF) por deputados de oposição e por senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia.