"É preciso ter um auxílio mais robusto", diz Mourão
Vice-presidente falou sobre Auxílio Brasil, reação do mercado e CPI da Covid
Hamilton Mourão, vice-presidente da República, defendeu um benefício social com valor mais alto por causa da atual crise econômica que o Brasil está enfrentando. "Uma coisa é certa, a gente precisa ter um auxílio um pouquinho mais robusto dada a situação que nós estamos vivendo com grande número de gente desempregada ainda, porque a economia não conseguiu retomar a pleno depois da pandemia", ressaltou Mourão em frente ao Palácio do Planalto na manhã desta 4ª feira (20.out).
O Auxílio Brasil vem com a proposta de dar um benefício de R$ 400 a famílias em situação de extrema pobreza (renda mensal até R$ 89 por pessoa) ou de pobreza (de R$ 89,01 a R$ 178). É o programa que pretende substituir o Bolsa Família. O anúncio da proposta estava marcado para a última 3ª feira (19.out), no entanto, acabou sendo adiado após a reação negativa do mercado à possibilidade de furo do teto do Orçamento e deteriorização das contas públicas.
O vice-presidente comentou sobre a repercussão no mercado do Auxílio Brasil e disse que questão social não é responsabilidade do mercado. "A gente também não pode ser escravo do mercado, a questão social é uma responsabilidade do governo e não do mercado, apesar de algumas doutrinas dizerem que o mercado resolve tudo, mas não é bem assim que ocorre. Eu acho que se houver, vamos dizer assim, uma transparência total na forma como o gasto vai ser executado e de onde vai vir o recurso, o mercado não vai ficar agitado por causa disso", destacou.
Mourão também falou sobre o fim dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. A leitura do relatório preliminar da investigação realizada pelos senadores está marcada para esta 4ª feira (20.out). "Mais uma vez eu coloco que a CPI foi criada pra avaliar o desempenho do governo ao longo da pandemia, ela se concentrou unicamente numa vertente que foi a questão da saúde, ela não olhou a questão econômica, não olhou a questão social. O relatório ainda vai ser votado pelos representantes da CPI vamos ver o que vai emergir disso aí e obvio haverá uma certa exploração política em relação a isso, aliás já tem ocorrido", afirmou.
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