Equipe econômica aposta em votação da privatização da Eletrobras
Medida provisória que acelera privatização da empresa perde a validade em um mês
O secretário especial de desestatização, Diogo Mac Cord, afirmou que o relatório sobre a privatização da Eletrobras deve ser votado pelos deputados no plenário, da Câmara, dia 17 deste mês. A medida provisória que acelera a venda de ações da estatal com um programa de capitalização perde a validade em pouco mais de um mês e precisa ainda passar pelo Senado. A data para votação do relatório sobre a privatização foi dada pelo relator da MP na Câmara, o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) aos integrantes do Ministério da Economia.
A venda da Eletrobras é tida, hoje, pela equipe econômica como o principal aceno ao mercado sobre a agenda de privatizações da gestão Bolsonaro. O secretário Diogo Mac Cord também rebateu às críticas de que o Plano Nacional de Desestatização está parado. Diogo Mac Cord, que assumiu a secretaria no lugar de Salim Mattar, afirmou que já foram arrecadados mais de R$ 200 bilhões com a venda de ações de estatais subsidiárias ligadas ao Banco do Brasil, CaixaPar, Petrobras e BNDESPAR.
O texto da MP da Eletrobras foi levado ao Congresso no início do ano pelo presidente Jair Bolsonaro. O ato foi uma sinalização ao mercado financeiro depois que Bolsonaro anunciou a demissão do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. O atual secretário de desestatização ressaltou que o gesto não teria sido feito se o presidente, de fato, não apoiasse a agenda de privatizações. "Para um político seria muito ruim fazer esse movimento se não acreditasse na venda das estatais" disse Diogo Mac Cord. O empresário Sallim Mattar deixou a equipe do Ministro Paulo Guedes em agosto do ano passado. Ele alegou dificuldades para conseguir cumprir o planejamento das desestatizações.
Se os prazos forem cumpridos na Câmara e no Senado, a estimativa da equipe econômica é conseguir concluir a privatação da Eletrobras em janeiro do ano que vem. Depois do relatório ser votado na Câmara e no Senado, o texto passa ainda pelo Tribunal de Contas da União. Outra proposta que trâmita no Legislativo é a que autoriza a venda dos Correios.