Último dia em Tóquio: Cerimônia de encerramento celebrou diversidade
Jogos Olímpicos marcaram recorde histórico de medalhas ao Brasil e série de desafios impostas pela pandemia
Com clima de festa e direito a um show de luzes e música, Tóquio encerrou os Jogos Olímpicos neste domingo (8.ago). A chama olímpica foi apagada após 17 dias de disputas entre os países e muitos desafios liderados pela pandemia do novo coronavírus. A próxima edição do evento será sediada por Paris, em 2024.
Mesmo sem a participação do público nas arquibancadas, o evento reuniu muitas emoções e a representação da cultura japonesa, além da defesa da igualdade de gênero, da diversidade e da inclusão - um dos lemas dos Jogos. Não por acaso, coube ao grupo de teatro musical Takarazuka Revue, formado exclusivamente por mulheres, cantar o hino nacional japonês.
Como de costume, todas as bandeiras dos países entraram juntas no Estádio Olímpico e a ginasta campeã olímpica Rebeca Andrade, que ganhou duas medalhas durante os jogos, representou o país ao carregar a bandeira do Brasil. Também estiveram presentes o boxeador medalha de ouro Hebert Conceição e mais quatro pessoas, entre elas o treinador de Rebeca e a coordenadora médica do órgão. Esta foi a edição dos jogos em que o Brasil mais ganhou medalhas: foram 21. Sendo oito de ouro (veja a lista completa de medalhas distribuídas no fim do texto).
A bandeira do Japão entrou no Estádio Olímpico carregada por quatro atletas do país, um profissional da saúde e uma pessoa com deficiência que vai participar da Cerimônia de Abertura das Paralimpíadas, em 24 de agosto. Devido a pandemia, 63 das 206 delegações não enviaram representantes e suas bandeiras foram levadas por voluntários.
Como discurso final, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, expressou alívio e gratidão aos atletas. "Vocês nos inspiraram com este poder unificador do esporte. Isso foi ainda mais notável, dados os muitos desafios que vocês tiveram de enfrentar por causa da pandemia. Nestes tempos difíceis que todos vivemos, vocês dão ao mundo o mais precioso dos presentes: a esperança", disse.
Nas últimas semanas, o Japão vem enfrentando um surto de novas infecções da covid-19, chegando a registrar mais de 15 mil novos casos por dia desde o último dia 5. A situação afeta diversas regiões, inclusive a sede dos Jogos, Tóquio, que continua contabilizando mais de quatro mil casos diários desde 4 de agosto.
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No último dia 30, o governo japonês estendeu o quarto estado de emergência do país - atualmente ativo nas prefeituras de Tóquio e Okinawa - até 31 de agosto. A medida também foi implementada nas regiões de Hokkaido, Ishikawa, Kyoto, Hyogo e Fukuoka. Com isso, pelo menos metade das Paralimpíadas acontecerá sob o regime.
O Brasil encerrou sua trajetória nas Olimpíadas com o recorde histórico de 21 medalhas, sendo sete de ouro, seis de prata e oito de bronze, ocupando o 12º lugar no ranking.
Confira o quadro completo de medalhas do Brasil:
Ouro
- Boxe - Hebert Conceição
- Canoagem - Isaquias Queiroz
- Futebol masculino
- Ginástica (salto) - Rebeca Andrade
- Maratona aquática - Ana Marcela Cunha
- Surfe - Italo Ferreira
- Vela - Martine Grael e Kahena Kunze
Prata
- Boxe - Bia Ferreira
- Ginástica (individual geral) - Rebeca Andrade
- Skate park - Pedro Barros
- Skate street - Rayssa Leal
- Skate street - Kelvin Hoefler
- Vôlei feminino
Bronze
- 400 metros com barreiras - Alison dos Santos
- Boxe - Abner Teixeira
- Judô femino - Mayra Aguiar
- Judô masculino - Daniel Cargnin
- Natação (50 metros livres) - Bruno Fratus
- Natação (200 metros livre) - Fernando Scheffer
- Salto com vara - Thiago Braz
- Tênis (dupla feminina) - Luisa Stefani e Laura Pigossi
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? #Tokyo2020 (@Tokyo2020) August 8, 2021
