Bolsa de SP ganha fôlego com Reforma Tributária e juros no radar
Ibovespa subiu 0,71% e chegou a um dos maiores níveis em pontuação no ano: 119.268; compromisso fiscal ajudou
A Bolsa de Valores de São Paulo teve um pregão positivo nesta 3ª(07.nov) e voltou a um dos maiores níveis do ano. Com uma alta de 0,71%, chegou a 119.268 pontos. A carona da ocasião veio da aprovação do texto principal da Reforma Tributária pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. E de uma certa "virada" no cenário do ajuste fiscal, debatida nos bastidores.
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Foram vinte votos pela aprovação da Reforma contra seis, dando continuidade ao processo que o governo espera ver concluído até o final do ano, com a integral adoção da nova carteira de impostos e tributos a vigorar no país. A versão que passou na CCJ inclui maiores benefícios às fábricas de automóveis, entre outros aspectos trabalhados pelo relator, o senador Eduardo Braga (MDB-AM). Com as mudanças, depois de votada no plenário do Senado, o texto volta à Câmara.
Os investidores também levaram em conta a Ata do Copom, a respeito da reunião da semana passada que decidiu por novo corte de 0,5 ponto percentual nos juros. O documento da autoridade monetária, apesar de manifestar cautela com o cenário externo, pontuou de maneira firme a continuidade do processo de cortes de 0,5 pp nos juros, ao menos no curto prazo.
E pra completar o cenário a jogar a favor de um desempenho positivo no dia, a questão do déficit fiscal, intensamente discutida nos últimos dias, pareceu apontar para um reencaminhamento da questão para as mãos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ao menos saídas que permitam ao ministro realizar, ele próprio, mudanças que eventualmente possam ser feitas na meta estão sendo cogitadas. E com prazo mais largo, lá para o fim do primeiro trimestre de 2024, na revisão do orçamento.
No câmbio, o dólar cedeu 0,27% para sair cotado a R$ 4,87 para venda.
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