Taxa de desemprego cai para 7,7% em setembro e país bate recorde de trabalhadores ocupados
Brasil tem 99,8 milhões de pessoas ocupadas, maior número desde o início da série histórica, diz IBGE
O Brasil chegou ao patamar mais baixo de desemprego em oito anos, batendo um recorde histórico de quase 100 milhões de trabalhadores ocupados. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta 3ª feira (31.out) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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A taxa de desocupação entre os brasileiros, no trimestre encerrado em setembro de 2023, foi de 7,7%. Em relação ao trimestre anterior (abril, maio e junho), houve uma queda de 0,4 p.p no número de desempregados. Esse é o patamar mais baixo registrado desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015 (7,5%). Já o número de pessoas ocupadas bateu o recorde desde o início da série histórica da Pnad, iniciada em 2012: são 99,8 milhões de brasileiros ocupados.
"A queda na taxa de desocupação foi induzida pelo crescimento expressivo no número de pessoas trabalhando e pela retração de pessoas buscando trabalho no terceiro trimestre de 2023", explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.
Na comparação com o trimestre anterior, o número de ocupados cresceu 0,9%, o que representa 929 mil pessoas a mais no mercado de trabalho. A maior parte desse aumento (587 mil pessoas) veio da categoria de empregados com carteira assinada no setor privado, setor que chegou a 37,4 milhões de trabalhadores.
"Em relação ao trimestre móvel anterior, mais da metade das pessoas que foram inseridas no mercado de trabalho foram provenientes do crescimento da carteira assinada. Isso fez com que a expansão da ocupação formal fosse muito maior que a da informal", afirma Adriana.
O rendimento médio do brasileiro chegou a R$ 2.982, o que representa um crescimento de 1,7% em relação ao trimestre encerrado em junho e de 4,2% frente ao mesmo período do ano passado. A massa de rendimento real habitual (R$ 293 bilhões) atingiu o maior patamar da série histórica da pesquisa e, na comparação com os três meses anteriores, teve um crescimento de 2,7%.