Consumo dos lares brasileiros em setembro cresce 0,80%
Segundo a ABRAS, a tendência é sólida porque os resultados são comparados a uma base de crescimento forte
De janeiro a setembro deste ano o nível de Consumo dos Lares Brasileiros acumula alta de 2,62%, em comparação com o mesmo intervalo de tempo de 2022. O resultado foi aferido pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) e divulgado nesta 5ª feira(26.out).
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Em setembro, o consumo se cresceu 0,80%, na comparação com agosto. O índice mantém o nível de evolução recente. Já em comparação com setembro do ano passado o crescimento é de 1,10%.
"O consumo se mantém firme e tende a seguir neste ritmo até o final do ano, uma vez que passamos a compará-lo com uma base forte de crescimento" - Marcio Milan, vice-presidente da ABRAS
Os executivos supermercadistas ressaltam a injeção de R$ 41,2 bilhões na economia com a PEC dos Benefícios no ano anterior, que impulsionou o consumo no segundo semestre. " Neste ano, os recursos escalonados e mais previsíveis movimentam a economia e sustentam o consumo no domicílio, assim como as quedas consecutivas nos preços dos alimentos", analisa Milan.
Em setembro, aponta a ABRAS, dentre os principais recursos injetados na economia estão: R$ 14,58 bilhões do programa Bolsa Família, R$ 2,3 bilhões em pagamentos de Requisições de Pequeno Valor (INSS), R$ 2 bilhões do 5o lote de Restituição do Imposto de Renda. No final de agosto, cerca de R$ 7,3 bilhões foram repassados pelo Governo Federal aos Estados e aos Municípios para pagamento retroativo e parcelas até dezembro do Piso Nacional da Enfermagem.
Cesta Abrasmercado
Em setembro, a cesta Abrasmercado registrou queda de -1,72% na comparação com agosto. No ano, a queda acumulada é de -6,52%. Os preços, em média, recuaram de R$ 717,55 para R$ 705,21. O indicador mede a variação da cesta composta por 35 produtos de largo consumo: alimentos, bebidas, carnes,
produtos de limpeza, itens de higiene e beleza. Confira abaixo a evolução nos últimos anos.
As maiores quedas entre os produtos básicos da cesta estão:
- Feijão: - 7,55% ou 19,36% acumulados no ano
- Óleo de soja: - 1,17% ou 29,70% no ano ( maior queda acumulada)
- Carne bovina: quedas entre 2,36% e 3,45% - no ano, 13,0%
- Carne de Frango: - 0,26% e acumulado de - 10,0% no ano
- Batata: - 10,41% com acumulado de 27,73% no ano
- Cebola: - 8,08% e acumulado de 48,26% em 2023
Já entre os produtos que aumentaram de preço, o arroz subiu +3,20%, o açúcar refinado +0,89% e a farinha de mandioca (+0,14%).
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