59% dos brasileiros acreditam em melhora para o país até o final do ano
Radar Febraban revela ainda que o otimismo da população eleva aprovação de Lula para o maior patamar de 2023
A economia tem elevado o otimismo do brasileiro em relação às condições gerais do país. Pesquisa Radar Febraban, apurada pela reunião Febraban-Ipespe, aponta que o total de brasileiros que acreditam que o país vá melhorar até o final deste ano cresceu de 53% em junho para 59% em agosto, maior percentual da série histórica. Os que acreditam numa piora, que eram 24%, agora são 18%. Quem não acredita em mudanças somam 20% dos entrevistados.
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A percepção sobre aumento dos preços cedeu 4 pontos percentuais agora em relação a junho: a marca agora é de 55%, menor percentual da série histórica. A proporção dos que apontam a diminuição da inflação e dos preços cresceu para 20%.
Governo é aprovado
A pesquisa aponta que a aprovação do governo federal chegou a 55%, maior patamar desde o início do ano. Ao mesmo tempo, houve queda na desaprovação, que chegou a 38%. Nesse cenário favorável, a opinião de que o Brasil está melhor avançou de 41% em junho para 48% em agosto.
"Os resultados dessa edição do RADAR FEBRABAN refletem em grande medida, o ambiente econômico favorável apontado nas últimas avaliações e projeções divulgadas, que indicam desaceleração da inflação, redução da taxa de juros, queda do desemprego, aumento do consumo e adesão às medidas para redução do endividamento", analisa o cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE.
Sobre a Inflação
A percepção sobre aumento dos preços chega ao final desse segundo quadrimestre com o menor percentual da série histórica. Cai de 79% em dezembro de 2022 para 55%. Em relação ao levantamento de junho recuou quatro pontos. Em relação ao final do ano passado, dobrou o percentual daqueles que apontam diminuição da inflação e dos preços, passando de 10% para 20%.
Condições gerais do país
A opinião de que o Brasil está melhor avançou de 37% em abril para 48% em agosto. Em relação à pesquisa anterior, de junho, o crescimento foi de 7 pontos. A avaliação de que o país está igual manteve-se em um terço, e os que identificam piora diminuíram, no último bimestre, de 25% em abril para 19%.
Quem acredita em melhora do país até o final de 2023 representa agora 59%, contra 53% de junho. Quem acredita em piora está agora em 18% do total. Em junho eram 24%. Os que não preveem mudanças no quadro até o final do ano continuam a somar um quinto dos entrevistados (20%).
Economia pessoal e familiar
É praticamente de metade dos entrevistados (45%) a parcela que aponta melhoria da vida na comparação com 2022; ao passo que recuou um ponto a percepção de piora (19% para 18%). Com relação ao restante de 2023, a expectativa positiva a respeito da melhoria da vida pessoal e das respectivas famílias praticamente recupera o patamar do início do ano, alcançando 72%.
Elementos econômicos
- Taxa de juros: A expectativa de que a Selic vai aumentar caiu de 48% para 45%, enquanto o percentual dos que acham que vai diminuir foi de 22% para 25%.
- Poder de compra: variação de 37% para 40% na parcela dos que apostam em aumento do poder aquisitivo.
- Inflação e custo de vida: a opinião de que os preços vão aumentar recuou de 45% em junho para 43% em agosto.
- Desemprego: a projeção de que vai cair voltou a 40%, com oscilação de mais um ponto em relação a junho; já o receio de que o desemprego vai aumentar se manteve em 34%.
- Acesso ao crédito: 42% acreditam que vai aumentar (eram 41% em junho). Manteve-se em 22% a opinião de que vai diminuir.
- Impostos: em meio à discussão sobre a Reforma Tributária, mantém-se estável a percepção de que os impostos vão aumentar (53%); ao passo que número inferior a um quinto acredita em sua diminuição (18%).
Prioridades para a população
- Saúde: atinge o maior percentual da série, saindo de 25% em junho para 29% ;
- Emprego e Renda: ultrapassam um quarto das menções (27%), com aumento de três pontos em relação a junho.
- Educação: a citação a essa área oscila menos dois pontos, de 17% para 15%.
- Inflação e Custo de Vida: em meio às expectativas favoráveis, esse item prioritário aparece, pela 1ª vez, com um dígito, diminuindo de 11% em junho para 8% em agosto.
- Fome e Pobreza: variação negativa de dois pontos, reduzindo de 8% para 6% no último bimestre.
- Corrupção: esse aspecto vem em declínio desde o final do ano passado, quando pontuou 10%, caindo agora para 4%.
O quê o brasileiro quer
Em havendo dinheiro disponível, a maioria dos entrevistados optaria por:
- Comprar imóvel" (30%) ou por "aplicar os recursos no sistema bancário" (20% na poupança e 24% em outros investimentos bancários), mesmo ranking de junho.
- Fazer cursos e melhorar a educação sua e da família" é um desejo de 17% dos entrevistados
- Fazer ou melhorar o plano de saúde", item que voltou à casa dos dois dígitos de 8% em junho para 10% em agosto.
Desenrola
O conhecimento e interesse pelo Programa Desenrola Brasil, de renegociação de dívidas do Governo Federal com a participação dos bancos, lançado em 17 de julho, também está aumentando. Os números mostram que subiu de 45% em junho para 70% em agosto o conhecimento sobre o programa. Junto com a ampliação do conhecimento sobre o Desenrola, avança a adesão ou o interesse em participar, chegando a mais de sete em cada dez (73%) entre aqueles que possuem dívidas.
Reforma Tributária
Cerca de seis em cada dez entrevistados (58%) não tomaram conhecimento sobre a Reforma Tributária no que se refere à parte dos impostos sobre o consumo (PEC 45/19). Dos 42% que conhecem o tema (mediante estímulo de breve descrição), 48% aprovam, 26% desaprovam e outros 26% não souberam opinar
Sobre a pesquisa
Realizada entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro, com 2 mil pessoas nas cinco regiões do País, esta edição do RADAR FEBRABAN mapeia as expectativas dos brasileiros sobre este ano, tanto em relação à vida pessoal, quanto em relação à política e à economia do país, e mensura como a população encara ao programa Desenrola e Reforma Tributária.
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