Economia

Após Copom, Haddad pede cautela nas análises da economia

"Precatórios do governo passado são herança ruim que não vamos legar ao próximo governo: seja de quem for"

O estoque de precatórios acumulado pelo governo de Jair Bolsonaro deve ser menor do que a atual administração esperava. A observação foi feita nesta 6ª feira (4.ago) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista na sede do ministério em São Paulo. Segundo o ministro, a "boa notícia" é que as decisões judiciais tiveram volume muito menor: "Esperava-se algo em torno de R$ 20 a R$ 30 bilhões de estoques acumulados [para pagamento] até 2027. E a nossa estimativa é que isso deve cair para menos de R$ 10 bilhões, possivelmente em torno de R$ 7 bilhões", examinou Haddad. As informações são do Tesouro Nacional, segundo o ministro.

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"Esta foi uma herança ruim do governo anterior. Foi a primeira vez na história, que eu tenha lembrança, que o governo deixou de honrar seus compromissos. Penso que tudo caminhando para o que nós estamos prevendo, vamos ter uma solução e não vamos deixar essa bomba para o governo que vem, qualquer que seja ele, em 2027." - Fernando Haddad, ministro da Fazenda.

Após o Copom

Ao analisar as reações ao corte de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom), Haddad classificou a decisão como acertada. Ele disse acompanhar os indicadores de preços há muito tempo, e que eles apontam para uma desinflação. Outro fator que seria um termômetro do momento propício ao corte de juros, segundo o ministro, é a arrecadação de impostos. "Os estados, os municípios, e o governo federal, todos estão sentindo a diminuição na arrecadação", classificou o ministro ao deixar no ar a ideia de uma associação entre menores receitas de tributos e atividade econômica mais contida. 

O ministro falou também sobre a queda da bolsa e a alta do dólar no dia seguinte ao Copom que cortou os juros. 

"Ontem teve uma turbulência no mercado americano de títulos que teve reflexos em varios países, não só no Brasil, México, África do Sul..todo mundo sofreu o abalo da colocação de um volume expressivo de títulos americanos de longo prazo. Na minha opinião indevidamente foi atribuída a uma medida correta que o Banco Central tomou de cortar 50 pontos [0,50pp] a taxa de juros que é a mais alta do mundo e continua sendo a mais alta do mundo. Então, vamos ter um pouco de cautela nas análises porque hoje  o dólar que subiu 2% já caiu 1% e às vezes a gente se deixa levar por 1 dia de turbulencia. Não podemos importaqr instabilidade pra cá" - Fernando Haddad

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