50% das indústrias de SP tem empréstimos em atraso
Queda das vendas, falta de reserva financeira e elevada taxa de juros são as razões apontadas pela Fiesp
Entre as indústrias do estado de São Paulo, mais de 50% têm parcelas de empréstimos em atraso ou preveem dificuldades de pagamento para os próximos 6 meses. O resultado faz parte da pesquisa " Endividamento no Crédito Livre", divulgada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta 5ª (20.jul). A pesquisa foi realizada com 339 indústrias de São Paulo, de diversos setores e portes, entre 24 de maio e 9 de junho de 2023.
Mais da metade (50,4%) das empresas que participaram do levantamento têm faturamento entre R$ 4,8 milhões e R$ 90 milhões.
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Entre os motivos que levaram a este cenário, de acordo com as empresas ouvidas, estão a queda das vendas, falta de reserva financeira e elevada taxa de juros: somados, os fatores agrupam 64,2% das empresas que têm dificuldades nos pagamentos. 30,1% das indústrias contrataram capital de giro. 69,6% delas fizeram a contratação nos últimos dois anos. 2022 foi o ano com maior número de contratos, 45,1% do total no período.
Renegociação
Ao todo, 72,7% das empresas buscaram os bancos e financeiras para renegociar seus financiamentos/empréstimos. 87,5% destas indústrias pediram aditamento, repactuação ou reorganização de contratos. A metade delas não conseguiu resultado para a renegociação. 69,9% das indústrias não contrataram capital de giro. Exigências na documentação e de garantias elevadas, além das taxas de juros muito altas impuseram limites rigorosos para as solicitações. 56,1% dos empresários que responderam que não precisavam de crédito no momento em que foram entrevistados.
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