Produção industrial cresce 0,3% em maio, diz IBGE
Nível de atividade está 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020
A produção industrial brasileira cresceu 0,3% em maio, na comparação com abril, cifra com ajuste sazonal. Na relação ante ao mesmo mês de 2022, o crescimento foi de 1,9%. Desde o início do ano, o desempenho da indústria recuou 0,4%. Em 12 meses, estabilidade.
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O resultado contrasta com o desempenho negativo de 0,6% registrado em abril. Três das quatro grandes categorias econômicas tiveram crescimento, assim como 19 dos 25 ramos industriais pesquisados. O setor industrial está 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia, contado em fevereiro de 2020. Em relação ao nível recorde (maio de 2011), o atual ritmo de produção é 18,1% menor.
Influências
Segmentos como coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis influenciaram em 7,7% para o resultado; veículos automotores, reboques e carrocerias contribuíram com 7,4% e máquinas e equipamentos 12,3%. Veja outras contribuições positivas destacadas:
- Indústrias extrativas (1,2%)
- Produtos de metal (6,1%)
- Outros equipamentos de transporte (10,2%)
- Metalurgia (2,1%)
- Produtos diversos (6,6%)
- Couro, artigos para viagem e calçados (4,9%).
No sentido oposto, das seis atividades que apontaram redução na produção, produtos alimentícios (-2,6%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%) exerceram os principais impactos em maio de 2023
Grandes impulsos
Ainda em se comparando com o mês de abril, as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (9,8%) e bens de capital (4,2%) assinalaram os avanços mais intensos em maio de 2023, com ambas voltando a crescer após recuarem no mês anterior: -4,5% e -11,8%, respectivamente. Abaixo o quadro completo que discrimina avanços e reduções na atividade por área.
Trimestre a trimestre
Na série com ajuste sazonal, o período de três meses terminado em maio avançou 0,3% - quando comparado aos três meses encerrados em abril. Bens de consumo duráveis (2,5%) atuaram fortemente, depois de três meses seguidos de queda. Na mão oposta, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis (-0,3%) mostrou o único resultado negativo em maio de 2023. O setor produtor de bens de capital assinalou variação nula (0,0%) nesse mês, após recuar 1,5% em abril e avançar 1,2% em março, quando interrompeu a trajetória descendente iniciada em maio de 2022.
Frente a maio de 2022, a indústria avança 1,9%
Na comparação com maio do ano passado, a indústria avançou 1,9% em maio de 2023. Entre as atividades, as principais influências positivas vieram de indústrias extrativas (12%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (7,1%) e produtos alimentícios (5,8%).
Vale destacar também as contribuições positivas de outros equipamentos de transporte (23,9%), veículos automotores, reboques e carrocerias (2,8%) e impressão e reprodução de gravações (18,8%). Já produtos químicos (-6,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-16,7%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-13,6%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria.
Segmento de bens de consumo duráveis avança 11,1% frente a maio de 2022
Entre as grandes categorias econômicas, ainda sobre maio do ano passado, o setor de bens de consumo duráveis (11,1%) assinalou, em maio de 2023, a expansão mais acentuada. O setor produtor de bens de capital, ao recuar 11,6%, assinalou a única taxa negativa nesse mês.
De janeiro a maio deste ano, em relação ao mesmo intervalo de 2022, o setor industrial assinalou redução de 0,4%, com resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 25 ramos, 45 dos 80 grupos e 54,8% dos 789 produtos pesquisados.
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