Economia

Renda per capita cresce 6,9% em 2022, segundo IBGE

Valor chegou a R$ 1.582,00 mensalmente. Resultado faz parte da PNAD Contínua 2022

A renda média do brasileiro cresceu 6,9% em 2022, chegando a R$ 1.586,00 mensalmente. A comparação é com o menor valor da série histórica, iniciada em 2012: R$ 1.484,00, que tinha sido atingido em 2021. Este resultado faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a PNAD Contínua 2022, divulgada pelo IBGE nesta 5ª feira (11.mai).

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Quando somados os rendimentos per capita dos domicílios brasileiros, o total (massa) desses rendimentos chegou a R$ 339,6 bilhões. O total representa uma alta de 7,7% em comparação com 2021. 62,6% da população teve renda no ano passado, maior proporção da série história (2012). Em 2021, este recorte da população tinha sido de 59,8%.

Benefícios

O número de domicílios com algum beneficiário de auxílio emergencial caiu significativamente no ano passado: de 15,4% em 2021 para 1,5% em 2022. De acordo com o IBGE, as oscilações podem estar ligadas a mudanças na opção do auxílio a ser requisitado pelos beneficiários, uma vez que o recebimento de Auxílio Brasil/Bolsa Família mais que dobrou no mesmo período, partindo de 8,6% em 2021 para 16,9% no ano passado. 

Desigualdade e concentração

Entre os brasileiros de maior renda (R$ 17.447,00) que representam 1% da população, a média mensal percebida era 32,5 vezes maior do que a das famílias que ganham menos (R$ 537,00) no ano passado. Em 2021, a proporção exibia maior concentração, 38,4 vezes maior. A desigualdade de rendimentos diminuiu no conjunto da população, como demonstrado no Índice de Gini [que afere o nível da desigualdade e varia de 0 a 1: quanto menor o índice, menor a desigualdade]. O indicador cedeu de 0,544 para 0,518 em relação à renda per capita. A medida que considera todos os trabalhos saiu de 0,499 para 0,486. Ambos são os menores da série histórica. A analista do IBGE Alessandra Brito, explica a redução dos indicadores: 

"A queda brusca dessa razão para o menor patamar da série histórica reflete um pouco tudo que observamos. Muitas pessoas voltaram para o mercado de trabalho, os muito pobres estão recebendo um auxílio que se compara ao auxílio emergencial em valor, e o 1% mais rico teve uma pequena redução no rendimento" - Alessandra Brito, IBGE.

Vários países

A região Nordeste do país tem a menor renda per capita: R$ 1011,00. A região Sul tem a maior, com R$ 1.927,00. Confira as demais regiões do país no gráfico: 

Reprodução/IBGE

O Nordeste tem ainda o maior índice de Gini em 2022: 0,517. A região sul tem o menor: 0,458. A desigualdade apurada pelo indicador diminuiu em todas as regiões, principalmente no Nordeste, que marcava 0,556 em 2021. De acordo com a analista Alessandra Brito, do IBGE, "a entrada de quase 8 milhões de pessoas na população ocupada puxou a média de rendimento para baixo, mas aparentemente essas pessoas ingressaram no mercado de trabalho recebendo vencimentos com valores similares, o que resultou numa distribuição menos desigual. Além disso, o rendimento médio dos trabalhadores sem carteira e por conta própria aumentou no período, também contribuindo para essa queda no índice de desigualdade".

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