Economia

Varejo deverá faturar R$ 2,49 bilhões com as vendas de Páscoa, diz CNC

Montante é 2,8% superior ao registrado na mesma data em 2022

As vendas do varejo voltadas à Páscoa deverão totalizar R$ 2,49 bilhões em 2023 no Brasil, um faturamento 2,8% maior que o registrado na mesma data em 2022 e 2,7% abaixo do patamar pré-pandemia. Os dados foram divulgados, nesta 4ª feira (22.mar), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

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Segundo a CNC, se a quantia bilionária se confirmar, será o terceiro crescimento anual consecutivo no faturamento do varejo com as vendas de Páscoa. De acordo com José Roberto Tadros, presidente da confederação, "gradativamente, a retomada da economia vai se robustecendo e reaquecendo o varejo".

Ele ressalta ainda que a Páscoa é a sexta data comemorativa mais relevante do calendário do varejo nacional. "A tendência é que as perdas provocadas pela pandemia sejam revertidas a partir da melhoria do contexto macroeconômico", pontua.

Estados

A CNC prevê que o faturamento do varejo com as vendas de Páscoa crescerá nos principais estados, com destaque para Santa Catarina (7,9%), Ceará (7%) e Espírito Santo (6,8%). Entretanto, São Paulo (R$ 977 milhões), Minas Gerais (273 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 244 milhões) deverão ter os maiores volumes de faturamento. "Juntas, essas três unidades da Federação responderão por 60% do volume financeiro gerado pela Páscoa deste ano", fala a confederação.

Importação de produtos

De acordo com o economista da CNC responsável por fazer as projeções, Fabio Bentes, "um indicativo da expectativa do varejo para essa data costuma ser a importação de produtos típicos". O Brasil importou 2,76 toneladas de chocolates neste ano, 6,5% mais que no mesmo período do ano passado, mas abaixo das 3 mil toneladas do período em 2020, segundo registros da Secretaria de Comércio Exterior, tabulados pela CNC.

"Por outro lado, o bacalhau, produto tipicamente importado nesta época do ano, teve recuo de 32,7% no comparativo com a Páscoa de 2022", fala a entidade. A confederação ressalta que, conforme Bentes, a valorização do real compensou em parte a alta nos preços internacionais desses produtos. "Às vésperas da Páscoa de 2022, a taxa de câmbio era de R$ 5,25 para US$ 1. Atualmente, houve recuo de quase 2% (R$ 5,15 para US$ 1). No entanto, o preço de importação do bacalhau subiu 85,9% e o dos chocolates, 10,9%", complementa o comunicado.

Bentes fala que a queda nas importações do bacalhau, na contramão de crescimento nas de produtos à base de chocolate, é "indício de que o varejo pode estar apostando na melhor saída de produtos mais baratos". Ainda de acordo com ele, a cesta de bens e serviços relacionada à Páscoa (chocolates, pescados diversos, bacalhau, bolo, azeite de oliva, refrigerantes, vinhos e alimentação fora de casa) encontra-se 8,1% mais cara, em comparação com o observado em 2022, devido ao IPCA-15, que está em 5,5%. Nos últimos 12 meses, os preços dos bolos e chocolates apresentaram tendência de aumento de 15,9% e 13,9%, respectivamente.

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