Compras de material escolar no e-commerce crescem 33%, diz pesquisa
Total gasto pelos consumidores nas compras escolares já se aproxima de R$ 119 milhões; e contando
Período de volta às aulas e quem aprendeu a lição foram papais e mamães: mesmo passado o auge da pandemia, a opção por fazer as compras de materiais escolares no modo online é a resposta correta para um número cada vez maior de famílias. No período entre novembro do ano passado até esta 5ª feira (9.fev), o aumento no volume de compras no e-commerce foi de 33%, apurados pela Layers Education. A startup unifica aplicativos de gestão escolar e disponibiliza um e-commerce em sua plataforma. A comparação é sobre igual período entre novembro/2021 e fevereiro/2022.
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O administrador de empresas Henrique Barreto fez a prova pela primeira vez. Com a filha Rafaela no ensino fundamental, experiência de correr as papelarias atrás de lápis de cor, cadernos e demais "acessórios" de sobra, resolveu apostar: bancou 75% das compras direto pela internet. E não se arrependeu. "Comprei a maior parte do material escolar via e-commerce, pois foi a primeira vez. Ainda não estávamos acostumados com a dinâmica. Mas foi muito prático e fácil", comemora Henrique. E ele ainda encontrou uma facilidade adicional: a ferramenta que usou estava atrelada ao ambiente digital do colégio onde a filha estuda. As compras ficaram ainda mais rápidas e seguras, na opinião dele.
"A tendência de compras on-line trazida pela pandemia foi consolidada também no segmento das escolas por oferecer praticidade para os pais e responsáveis que não precisam mais sair de casa e visitar de duas a três papelarias para completar a lista de materiais pedida pelas escolas", avalia o CEO da Layers, Danilo Yoneshige.
Economia é a questão
Mas há um motivo a mais para buscar as compras pelo e-commerce. O preço pode ser significativamente menor. Pela pesquisa feita pela startup, o gasto médio por aluno passou de R$ 1.219,27 na apuração do ano passado para R$ 1.505,30 agora. Bem na faixa do custo para Henrique comprar o material da sua Rafaela, R$ 1.500,00. Mesmo considerando este aumento de 26,6% - que ocorre por conta dos vários impactos da inflação sobre os produtos individualmente - , o pai satisfeito calcula em 20% o que deixou de gastar com as compras deste ano. Mas palpita que pode até ter sido uma economia maior. "Em um livro apenas, o valor físico indo na loja foi de R$ 280,00 e no site eu paguei R$ 190,00. Uma diferença muito grande na oscilação de preço", diz ele.
São fatores de sobra a impulsionar esta modalidade de consumo. Tanto que entre novembro de 2022 e a primeira semana de fevereiro de 2023, os consumidores movimentaram R$ 119 milhões nas plataformas e dispositivos online para compra de material escolar. E se depender de consumidores como o Henrique Barreto, o setor pode apostar que a matemática vai jogar a favor. "Continuaria comprando, pelo menos entre 90% e 95% dos materiais didáticos e escolares pela internet. Em lojas físicas só alguns itens, por hábito de gostar e precisar sair de casa", admite ele.
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