Economia

Na Fiesp, Alckmin diz que reforma tributária será encaminhada este ano

Vice-presidente considera que uma reforma que simplifique o sistema atual é central e "está madura"

Em reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta 2ª feira (16.jan), o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), disse que uma reforma tributária deve ser encaminhada ainda neste ano. Alckmin considera que uma reforma que simplifique o sistema atual é central e "está madura". 

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A base principal da reforma, segundo o ministro, seria a adoção de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), com a extinção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). " A reforma pode fazer o Produto Interno Bruto (PIB) crescer e trazer eficiência", disse o vice-presidente. 

Exportações
Alckmin demonstrou que há convergência entre as metas do governo federal e alguns dos principais pontos solicitados pelo setor e denfedeu um programa que tenha a produtividade e a competitividade como focos. Para ele, a viagem de Lula à Argentina, prevista para a próxima semana, é um primeiro passo nesse sentido, tendo em vista que o país é um dos mais importantes parceiros comerciais do Brasil. Segundo o vice-presidente, a relação entre os dois deve ir além da atual pauta de exportações. 

"Três produtos primários, soja, minério de ferro e petróleo, respondem por 75% da exportação brasileira", lembrou Alckmin. "É muito importante que o Brasil seja um grande competidor de bens agrícolas, mas temos que exportar produtos de valor agregado."

Menos juros, aprimoramento da infraestrutura nacional e impulso à economia verde foram apontados por Alckmin como elementos capazes de estimular a competitividade dos vários setores produtivos do país. "Precisamos fortalecer a agricultura, o setor de serviços e a indústria, e apoiar especialmente as pequenas empresas, que precisam ter um olhar mais dirigido e possuem um enorme potencial pra crescer", afirmou o ministro. 

Reindustrialização
Os diretores da Fiesp, presidentes e delegados de sindicatos e conselheiros empresariais presentes deram mostras de ter gostado do que ouviram. O presidente da entidade, Josué Gomes da Silva, avaliou o discurso de Alckmin como um compromisso de reindustrialização do parque nacional. Se efetivado, o processo de incremento à atividade fabril pode levar a maior crescimento e ajudar a resolver problemas sociais do Brasil.

"A indústria de transformação pode surpreender o Brasil se condições adequadas forem garantidas" - Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp.

O dirigente ainda disse que a entrega propiciada pelo setor nos últimos anos está abaixo do potencial. A participação da indústria no PIB nacional caiu de 20% nos anos 1980 para 11%, atualmente. Silva deixou claro a aderência às perspectivas apontadas por Alckmin - e o porquê do apoio ao discurso do vice.

"O Brasil deixou e crescer a taxas elevadas quando a indústria de transformação perdeu protagonismo", pontuou. "Foram colocados sobre o segmento pesos indevidos, uma carga tributária elevada e um custo de capital altíssimo", advertiu. Segundo Silva, a reforma, tem sido apontada como prioridade pelos últimos governos, mas ainda não se tornou realidade. 

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