Brasil aumenta em 14% o volume e 40% a receita com exportação de café
Os principais compradores fizeram pedidos ainda maiores esse ano. Cotação do dólar também ajudou
O Brasil exportou 3,673 milhões de sacas de 60 kg de café em novembro, 14,2% a mais que no mesmo mês do ano passado. Diferença maior ainda foi conseguida com a receita, 39,9% a mais com US$ 885,2 milhões. É um recorde para o mês, conforme o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
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"O resultado reflete consumo global aquecido e a busca dos grandes importadores pelos cafés do Brasil", explica Günter Häusler, presidente da entidade. "O cenário logístico vem evoluindo de forma gradual nos últimos meses, permitindo ao País alcançar esse resultado em novembro."
Ele também conta que a receita recorde tem influência do nível das cotações observadas neste ano, apesar das quedas recentes ocorridas nos mercados internacionais, e a taxa de câmbio favorável. "O preço médio da saca de café exportada pelo Brasil, em 2022, é de US$ 235,85, 58% acima do valor médio observado em 2021, por exemplo."
De janeiro a novembro, o Brasil exportou 36,057 milhões de sacas, queda de 1,8%. Já a receita cambial, de US$ 8,504 bilhões, é recorde histórico, com crescimento de 55,1% em relação aos US$ 5,483 bilhões obtidos em mesmo intervalo de 2021 e já supera, inclusive, os ingressos totais alcançados em todo o ano passado.
Pedidos maiores
Nove dos 10 principais compradores aumentaram o volume adquirido neste ano. Do total exportado, 20,4% foram para os Estados Unidos, com 7,351 milhões de sacas, 3,3% mais que nos 11 meses de 2021. A Alemanha comprou 4,4% mais, ou 6,331 milhões de sacas. A Itália comprou 3,110 milhões, uma alta de +18,6% e representando 8,6% do total. A Bélgica adquiriu ,7% do total, incrementando as compras em 11,8%, com 2,760 milhões de sacas. O Japão diminui a carga ao importar 1,699 milhão de sacas, o que representa -24,4% na comparação com o ano passado.
Cafés diferenciados
De janeiro a novembro deste ano, foram exportadas 6,324 milhões de sacas de cafés diferenciados, com qualidade superior ou com certificado de práticas sustentáveis. Uma diminuição de 9,4% na comparação com os 6,981 milhões de sacas embarcadas no ano anterior. Porém, o valor é 42,4% maior do que o apurado em 2021. O preço médio ficou em US$ 282,89 por saca, com receita de US$ 1,789 bilhão nos 11 meses, o que corresponde a 21% do obtido com os embarques totais.
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