Estoque da Dívida Pública Federal encerra agosto em R$ 5,781 trilhões
A reserva de liquidez da DPF caiu 2,69%
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil ficou em R$ 5,781 trilhões em agosto. O anúncio foi feito nesta 4ª feira (28.set) pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O montante representa uma queda de 0,4% (R$ 23 bilhões) frente ao registrado em julho deste ano.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Do sétimo para o oitavo mês de 2022, o estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) ficou 0,42% menor, indo de R$ 5,558 trilhões para R$ 5,535 trilhões. Já o da Dívida Pública Federal externa (DPFe) cresceu 0,02%, ficando em R$ 245,85 bilhões (US$ 47,47 bilhões) em agosto.
A STN acrescenta que, no último mês, as emissões da DPF totalizaram R$ 143,93 bilhões, e os resgates, R$ 200,55 bilhões. O principal motivo para a variação do estoque da DPF registrada em agosto, diz a secretaria, foi o "resgate líquido de R$ 56,6 bilhões, neutralizado, em parte, pela apropriação positiva de juros de R$ 33,6 bilhões".
A participação de títulos atrelados a índice de preço na Dívida Pública Federal passou de 32% para 29,3%, de julho para agosto. Isso é explicado principalmente pelo resgate líquido desses títulos (R$ 162,1 bilhões) e uma variação negativa de valores no mês. As participações dos prefixados e atrelados a taxa flutuante cresceram para 27,1% e 39,2%, respectivamente, principalmente por causa das suas emissões líquidas.
O custo médio da DPF acumulado no período de 12 meses encerrado em agosto ficou em 10,63% ao ano (ante 10,76% em julho). O prazo médio de vencimentos da DPF aumentou para 3,96 anos. Ainda de acordo com a STN, a reserva de liquidez (ou colchão) da Dívida Pública Federal caiu 2,69%, de R$ 1,177 trilhão para R$ 1,146 trilhão. Esta, de acordo com o governo, "compreende as disponibilidades de caixa destinadas exclusivamente ao pagamento da dívida e o saldo em caixa dos recursos oriundos da emissão de títulos".
A queda de julho para agosto foi motivada principalmente por um resgate líquido de R$ 56,62 bilhões. Para a equipe da STN, a variação da reserva "foi um movimento natural", tendo a vista a concentração de vencimento no último mês e que as "torres de vencimentos" futuras são inferiores. Segundo a STN, a reserva atual é suficiente para pagamento dos próximos 10,24 meses à frente de vencimentos. Três meses é o nível prudencial e, em julho, estava em 9,49.
Veja também: