Segundo trimestre tem aumento no abate de animais; recorde com suínos

O Brasil registrou um recorde em abates de suínos no segundo trimestre de 2022, com 14,07 milhões de cabeças. Aumento de 7,2% em relação ao mesmo trimestre de 2021. Na comparação com o primeiro trimestre de 2022, houve alta de 3,0%. Os dados são das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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"A proteína suína é um substituto em relação à carne bovina, que teve seu consumo reduzido por conta da elevação dos preços, observada desde 2020", justificou em nota oficial o supervisor de indicadores pecuários do IBGE, Bernardo Viscardi.

Ele também destacou a diminuição nas exportações: "Nos últimos anos, as exportações estavam em alta, principalmente por conta da China. Após o controle da peste suína africana e a reposição do rebanho chinês, as exportações sofreram considerável redução. Outros destinos aumentaram as importações, mas não conseguiram compensar o arrefecimento da demanda chinesa". Cerca de 80% do produto ficaram no mercado interno.

Carne bovina

Os abates de bovinos também aumentaram, em 3,5% em relação ao mesmo período de 2021. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, houve um crescimento de 5,7%, conforme o IBGE.

Destaque para o abate de fêmeas, com 2,93 milhões no segundo trimestre. Alta de 12,8% em relação ao segundo trimestre de 2021.

"A alta no abate de bovinos ocorre pelo segundo trimestre consecutivo após um período de baixa, especialmente do abate de fêmeas que vinham sendo poupadas para as atividades reprodutivas desde o fim de 2019. A recente desvalorização dos bezerros parece estar levando a um descarte maior de fêmeas. Também é relevante considerar que a carne de fêmeas, principalmente de novilhas, está sendo mais requisitada pelo mercado externo", justificou o supervisor.