Número de demissões voluntárias cresceu 30% de janeiro a maio

O número de demissões voluntárias, aquelas solicitadas pelos próprios funcionários, cresceu 30% de janeiro a maio de 2022, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Os dados são da gerência de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), que apontou para 2,9 demissões voluntárias no país durante os primeiros cinco meses do ano.

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Segundo o levantamento, os profissionais com mais anos de estudo apresentam níveis mais altos de demissão por conta própria. Quase metade dos desligamentos de trabalhadores de nível superior foram voluntárias (48,2%), em contraste com apenas uma em cada quatro (25,4%) entre os menos escolarizados, que não chegaram a concluir o ensino fundamental.

Já os empregados do sexo masculino, que são maioria no mercado de trabalho formal, responderam por 57,3% do número total de pedidos de demissão no começo de 2022, enquanto o sexo feminino representou 42,7%. Entretanto, quando analisada a proporção sobre o total de desligamentos, as mulheres mais escolarizadas pediram demissão em 37,6% das situações de encerramento de contrato, ante 30,6% dos homens.

As profissões da área de Tecnologia da Informação se destacam com maior proporção de pedidos de desligamento. Seis das 10 ocupações no topo do ranking são da área: engenheiro de Aplicativos em Computação, analista de Desenvolvimento de Sistemas, administrador em Segurança da Informação, programador de Sistema de Informação, Engenheiro de Sistemas Operacionais em Computação e gerente de Projetos de Tecnologia da Informação.

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"Sem dúvidas, um ambiente econômico local favorável é um incentivo para que os trabalhadores decidam pedir demissão, muitas vezes renunciando aos benefícios legais aos quais teriam direito na hipótese de serem demitidos sem justa causa. Prova disso é que os seis estados com maior proporção de demissões voluntárias são aqueles que registraram, no primeiro trimestre de 2022, as menores taxas de desemprego do país", diz a Firjan.

Veja as ocupações com o maior número de demissões voluntárias:

• Engenheiro de Aplicativos em Computação (76%)
• Terapeuta Ocupacional (73%)
• Analista de Desenvolvimento De Sistemas (70%)
• Administrador em Segurança da Informação (69,9%)
• Professor de Ensino Superior na área de Orientação Educacional (69%)
• Programador de Sistemas de Informação (68%)
• Professor de Educação Artística do Ensino Fundamental (66%)
• Fonoaudiólogo (63,6%)
• Engenheiro de Sistemas Operacionais em Computação (63,3%)
• Gerente de Projetos de Tecnologia e Informação (63,1%)