CNC projeta abertura de 190 mil vagas de trabalho no setor de turismo
Retomada é reflexo da flexibilização das restrições sanitária e da abertura de novas empresas
Após enfrentar um grande impacto durante a pandemia de covid-19, o setor de turismo vem apresentando sinais de recuperação. Uma análise da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta para a criação de 193,6 mil vagas de emprego na categoria até o final do ano, encerrando 2022 com a abertura líquida de 258,1 mil postos de trabalho formal. A expectativa, segundo a entidade, é baseada nas altas temporadas.
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A retomada das oportunidades é reflexo, além da flexibilização das medidas restritivas, da abertura de novas empresas do segmento. Foram 79,8 mil novos estabelecimentos empregadores a partir do último trimestre de 2020, um avanço relativo de 12,3% na quantidade de unidades ativas, conforme dados do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). Atualmente, o turismo conta com 606.564 unidades empresariais ativas.
Desde maio de 2021, o setor já conseguiu recriar 290 mil vagas de emprego, destacando-se bares e restaurantes (+220,5 mil) e serviços de hospedagem (+61,2 mil). Além disso, desde o mesmo período, os saldos mensais entre admissões e desligamentos se mostraram positivos, apontando sinais concretos de recuperação.
Um último levantamento da CNC, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que o faturamento do segmento de turismo ficou apenas 3% abaixo do patamar verificado às vésperas da crise sanitária. Com isso, a expectativa é que o setor restabeleça o nível de geração de receitas do período pré-pandemia até o terceiro trimestre deste ano, encerrando 2022 com alta de 2,8% em relação ao ano passado.
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Para Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), a reação das atividades turísticas se mostra compatível com o fim do isolamento social. "Apesar do aumento recente do número de casos de covid-19, o fato de mais de 83% da população acima de cinco anos estar vacinada reduz significativamente a possibilidade de novas medidas restritivas", avalia.
