Quanto rende R$ 1 mil em um ano com Selic a 13,25%
Poupança é o investimento menos vantajoso, mas ainda bastante usada no Brasil
A taxa básica de juros subiu de 12,75% para 13,75% nesta 4ª feira (16.jun). É a 11ª alta da conhecida Selic em pouco mais de um ano, desde que se iniciou ciclo de aperto monetário pelo Banco Central, que tenta conter a inflação. Por outro lado, acaba ajudando quem investe em aplicações de renda fixa, como Tesouro Selic, CDBs, LCIs e fundos DI.
Se você sentiu falta da poupança, saiba que essa aplicação continua com ganho congelado desde que passou a vigorar a regra de congelamento, aplicada desde que a Selic ultrapassou os 8,5% ao ano.
Para você ter ideia das diferenças, confira as simulações abaixo. Com R$ 1 mil investidos, quanto você receberia daqui um ano:
- Poupança: R$ 63,30 (considerando TR de 0,1580% e isenção de Imposto de Renda)
- Fundos DI: R$ 104,64 (considerando Imposto de Renda e taxa de administração de 0,5%)
- Tesouro Selic: R$ 109,54 (considerando alíquota de Imposto de Renda de 17,50%)
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Ou seja, a poupança mais uma vez não vai conseguir aproveitar esse aumento da taxa básica dos juros, perdendo então um pouco mais de competitividade em relação a Tesouro Selic, fundos DI e outros produtos.
Ainda assim, o aplicador deve ficar atento ao impacto da inflação na carteira de investimentos, dizem consultores. A Selic subiu, mas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também atingiu 11,73% em 12 meses, o que impossibilita grande parte do ganho gerado pelo investimento.
Isso porque quem aplica só recebe ganho real se o rendimento do investimento superar a inflação no período entre a aplicação e o resgate. No mercado, as simulações mais usadas pelos profissionais costumam considerar a expectativa do mercado para a inflação ao fim de um período. A expectativa predominante hoje é a de que o IPCA esteja na casa de 8,9% ao fim de 2022.
Nesse caso, os ganhos obtidos pelo Tesouro Selic, de R$ 109,54, e dos fundos DI com taxa de administração de 0,5%, de R$ 104,64, superariam os R$ 89 que a inflação iria corroer do poder de compra ao longo dos próximos 12 meses.
O problema é que a inflação vem se mostrando mais resistente do que o mercado esperava. Por causa dessa incerteza, consultores recomendam que o aplicador opte pelo conservadorismo.