Indústria, comércio e serviços iniciaram 2022 em estabilização, diz Ipea
Previsões sugerem que nível de atividade econômica apresentou recuperação em fevereiro
Depois de apresentar aceleração nos dois últimos meses de 2021, a maioria dos segmentos da economia estabilizou em janeiro de 2022, conforme divulgou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta 4ª feira (30.mar). O motivo, segundo o instituto, foi o forte avanço de novos casos da variante ômicron da covid-19 no primeiro mês do ano.
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Por outro lado, com base nos indicadores disponíveis até o momento, as previsões sugerem que o nível de atividade tenha apresentado uma recuperação em fevereiro. A expectativa é que o Monitor do PIB cresça 1% na comparação sem efeitos sazonais (devido a altas esperadas para a indústria, comércio e serviços), o que melhora as perspectivas para o resultado do PIB no primeiro trimestre de 2022.
Entre os principais setores produtivos, a indústria segue enfrentando o cenário mais desafiador. Se, por um lado, a demanda doméstica ainda apresenta um ritmo razoável de crescimento, a produção nacional caiu 2,4% na comparação entre janeiro e dezembro. Além disso, os problemas relacionados às cadeias produtivas globais e os custos elevados dos fretes internacionais seguem sendo importantes entraves ao crescimento da produção.
Outro fator destacado pelo Ipea é a guerra na Ucrânia, que tem provocado aumento nos preços internacionais do petróleo, enquanto os preços da energia elétrica continuam elevados.
A produção de bens de capital é um dos destaques positivos, estimulada, sobretudo, pela demanda do agronegócio, da construção civil e das indústrias extrativas. Os serviços foram o setor que tiveram o melhor desempenho no fim do ano passado e em janeiro deste ano.
Já a produção de bens de consumo duráveis apresenta os piores resultados, estando 26,4% abaixo do nível observado no período pré-pandemia.