Brasil ocupa quinto lugar em ranking de percepção da inflação

O Brasil ficou em quinto lugar, ao lado de Polônia e África do Sul, no ranking de percepção da inflação que analisou 30 países. Para 73% dos brasileiros, o custo de vida aumentou em seis meses, segundo a Ipsos (Especialista em Pesquisa de Mercado e Opinião Pública). A líder do ranking é a Argentina (79%), seguida da Colômbia (75%), Turquia (75%) e Rússia (74%). 

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Os 20.504 adultos entrevistados mundialmente na pesquisa Inflação: Percepções do Consumidor consideraram gastos com transporte, habitação, alimentação, vestuário, saúde, entretenimento e serviços de utilidade pública (água, gás e energia, por exemplo). A percepção dos mil brasileiros consultados de que é preciso desembolsar mais dinheiro que há seis meses para os mesmos produtos/serviços é 14 pontos maior que a média global (59%). 

Os entrevistados no Japão (21%), China (35%) e Malásia (41%) são os que menos concordaram com a afirmação de que suas despesas aumentaram ao longo de 180 dias. 

A pesquisa apontou que o "grande vilão" do orçamento dos brasileiros é o transporte, sendo que, para 80% dos entrevistados, os custos com deslocamento foram muito maiores que no último semestre. Esse é o sexto maior percentual entre os 30 países pesquisados, empatado com a Turquia. 

Os custos com alimentação e serviços (água, luz, gás, telefone, internet) também foram mais altos para 79% e 78% dos brasileiros, respectivamente. No ranking dos gastos com entretenimento, o Brasil é segundo lugar (69%). Os índices estão muito acima da média global (49%) e dos países que registraram os menores percentuais: Japão (15%), Malásia (28%) e China (32%). 

Entre os brasileiros, a percepção de aumento nos gastos com vestuário é comum a 70% dos entrevistados; com saúde, a 69%; e com habitação, a 65%. Em todos os itens, os índices do Brasil são maiores que as médias globais -- 55%, 51% e 51%, respectivamente.