Começa nesta terça-feira (07.Dez) a última reunião do ano do Copom
O Comitê de Política Monetária do Banco Central define a taxa básica de juros
A chamada Selic é a taxa básica de juros da economia. Ela serve de referência para todas as outras taxas do mercado financeiro. Hoje e amanhã, os integrantes do Comitê de Política Monetária, o Copom, se reúnem - pela última vez neste ano - para definir o novo índice.
Atualmente, a taxa está em 7,75% ao ano. Ela é usada como principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. Isso porque com os juros maiores, o crédito fico mais caro e o consumo diminui, reduzindo a inflação.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é justamente o inverso: que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
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Mas, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, pois ela é apenas uma parte do custo do crédito. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Como funciona
O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a taxa Selic.
A expectativa do mercado financeiro, consultado pelo Banco Central, é que os juros básicos subam 1,5 ponto percentual, para 9,25% ao ano, em decorrência do aumento da inflação. O atual ciclo de alta da Selic começou em março deste ano, quando a taxa subiu de 2% para 2,75% ao ano.
Inflação
Analistas financeiros aumentaram a projeção de inflação para este ano de 10,15% para 10,18%. Caso a estimativa seja confirmada, será a primeira vez que o IPCA chegará a dois dígitos desde 2015, quando atingiu 10,67%.
A meta do Banco Central é de 3,75%, podendo variar entre 2,25% e 5,25%. Mas, principalmente pelos impactos da pandemia de covid-19 na economia, dificilmente a meta será alcançada.
Para o ano que vem, o mercado também aumentou a perspectiva de inflação de 5% para 5,02%, com centro da meta fixado em 3,50%.